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sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

METAMORFOSE DA TERRA.

Foto: Acrísio Oliveira


Debaixo  desse pano  de fundo
De lonas azuis e molduras  esverdeadas
Posso sentir qão pesado é uma tromba d’agua
Mas, mais ainda quão resistente é a terra
E como  possível é,  o  equilíbrio
Das águas que correm devagar
Que serenam um olhar
E encontro  a  certa clareza
Que forte não é uma corrente
Que tudo leva pela frente
Mas sim a resiliência do chão
A paciência em resistir
O dom de se transformar
Na paz que quero  sentir

(Val Mello)

PEDAÇO DE NOITE

UM PEDAÇO  DE NOITE.

Um corpo consumido de desejo,
Lembrancas de um banho
deu um suor,
de um lento beijo
Vontades em flor,
Como a flor da pele
Que se abre
Nada faz desistir
Nem a apreensão desamar

É  fogo de paixao
Que consome a ansiedade
Quem dera o agora
Pra sempre fosse  assim
Sem previsão de virar memórias.

E se nada mais se repetir
E se tudo tiver sido  so um momento
Uma loucura  um desatino
Um peraltisse de menino
Ainda assim restara a lembrança
Com tempero da saudade
Ainda assim sobrará  a fantasia de que um pedaço de noite vale mais que mil dias .

(Val Mello)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

VOCÊ NÃO

VOCÊ NÃO

SINTO  DISTANCIAR ,
MEU SONHO  DE SER DOUTOR
COM OS ATOS LEGITIMADOS 
ME AFASTAM DO PROFESSOR
E A TAL MERITOCRACIA? 
QUE VIROU  MANTRA DOS DIAS.
NÃO PASSA PELA ESCOLA DE POBRE.
ME FAZ AMARGAR A CHANCE,
ME  TIRA DE VISTA O ALCANCE
DE ME TORNAR MAIS UM NOBRE.

UM DIA É O DISCURSO DO OPRESSOR
NO OUTRO O GENOCÍDIO NA EDUCAÇÃO
É A FANTASIA NA TV,
QUE EU POSSO SER O QUE QUISER SER
BASTA NÃO TER VITIMIZAÇÃO,
MAS NÃO DÁ BASE DESCENTE
QUERE SOMENTE QUE EU LEMBRE
QUE BRASILEIRO NUNCA DESISTE
E QUE SOU  PENTACAMPEÃO.

SOBRA UMA TAL SOBERANIA
LONGE DE JUSTIÇA SOCIAL
E TEM SABIDOS NO PODER
COGITANDO  ATÉ  E. A . D
PRA CRIANÇA DE ENSINO FUNDAMENTAL
E NA MERENDA DO CARDÁPIO
CORRUPÇÃO AINDA É PRATO DO DIA
FAZENDO DO PRATO VAZIO
NOSSO O PRATO PRINCIPAL

SOBRA DOR ,AFLIÇÃO, 
DESESPERO E SEGREGAÇÃO
A TERRA SÓ E REGADA, 
ONDE A GRANA JÁ É VERDINHA
NA FAVELA E NO SUBÚRBIO
HIPINOSE DAS MASSAS,

INAUGURAM QUEBRA MOLAS
MAS  DEIXAM FALTAR NAS ESCOLAS
 MATÉRIAS PARA  FAZER  PENSAR.
OBRIGANDO A TER PROFESSOR
SO PARA LER E CONTAR.
E NA TAL MERITOCRACIA,
SO BRASILEIRO COM DINHEIRO
TERÁ SEU FILHO NA USP
CUJOS NOMES SERÃO OS PRIMEIROS
NA TAL MERITOCRACIA 
USP E TANTAS OUTRAS
 EXECRAM O COTISTA
REMONTA TODO PICADEIRO 
DO ENSINO ELITISTA, 
CAPITALISTA 
PRECONCEITUOSO
RACISTA

ISSO É SEPARAÇÃO DE FATO
LEGISLA,  PARA NOS MANTER FRACOS
TRATAR  A MADRE ESCOLA
COMO BASE DE ESMOLA
 PRA FORMAR AMBULANTES
E NOS FAZER VIRAR SOLDADOS

SEM MENOR COGNIÇÃO
ENGOLIR AS LEIS JÁ PRONTA
SATISFEITOS VOCÊ OU  NÃO.
CRIANDO GRANDES BARREIRAS
GRANDES CERCAS DE DESIGUALDADE
POR QUE ESCOLA DESCENTE HÁ DE TER
SÓ  PARA OS FILHOS DO PODER
QUE PERPETUARÃO A MALDADE

PARECE BORDÃO DE NOVELA
QUERIA EU QUE FOSSE ILUSÃO
POIS OS MÉRITOS AOS ALUNOS
DESTA BASE DE EDUCAÇÃO
TANTOS LOUROS, 
É CLARO QUE  VIRÃO

PRA ELES SIM
PRA VOCÊ NÃO.


(VAL MELLO)

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

DIREITA x ESQUERDA

Nascemos com membros direitos e esquerdos
Seremos canhotos ou  destros,
E muito  raramente ambidestro.
Mas como deixar de ser  mal?
Extremista, individualista,  passional?
De ser  induzido  e zumbizado
Preciso da cura de mim
Antes que meu  fanatismo
Seja meu  algoz
E eu  um cego  fiel.

Que o  transe de minha cólera,
Não  me torne um caçador
Nem um catequizador
Das opiniões que me diferem.

Se eras turvas se anunciam
E se angustias passo a sentir
Quero  gritar poesias
Pra diminuir  o pavor que esta porvir

Isso,  se não  me calarem.
Se minha voz não  abafarem
Pois sou  só uma artista que clama
Que pede explicação e  que duvida
Que liberta a alma e cura feridas
Nas praças que me aprisionam
Sob açoite da burguesia
Que apenas me ver  atrevida.

E eu  sendo  minoria
Que esbravejo   clamando  o  verbo  amar
Que  eu  não  me adeque ou  me extinga
Se no acaso  da vida
Ser direito ou  ser esquerdo
Se traduza em odiar


Val Mello
Poema Baseado em um texto de Julyano  Ode

terça-feira, 2 de outubro de 2018

SABEDORIA NAS ASAS

FOTO: Wander Rocha


"O Ponto branco que realça o azul
A liberdade que rasga o vento
E esperança  de ir além
A leveza de um movimento
A sintonia de terra e ar
A combinação entre o ceu o mar
A aquarela equilibrada
Com as nuances da beleza
A seducao eternizada
No vôo dos passaros
No encanto da natureza. "

(Val Mello)

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

FELICIDADE COM VODKA

Eu sempre vou atrás  da felicidade
E Costumo voltar bêbada,
Pior  de tudo...
tenho amnésia alcoólica
Nunca lembro   se encontrei,
Como sou desapegada 
é  bem provável  que entreguei pra alguém
Como tenho bons  amigos,
talvez me liguem pra devolver
Já  que sou insistente
vou remarcar com eles para pegar de volta essa tal felicidade
E já fui informada que hoje tem vodka...


Val Mello.

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

DEPRESSÃO


Há uma infelicidade constante
Um desprezo por graças da vida,
Uma solidão incontida
E um desejo de banhar a alma
Com as mesmas lágrimas
Que não se sabe d'onde brotam.

Fugir dos sentimentos de culpa
Do estanho em um corpo conhecido
Dos medos de repente sentidos,
Do pessimismo viciante

Fugindo com um riso forçado
Dos julgamentos reprovados
Ou de quem manda buscar uma fé.

E tudo NÃO  é  frescura
Não diga que é  loucura
Quem com olhos marejados
Só deseja um cafuné
Um apoio
Uma dose de alegria
Mil litros de compressão
Fazendo afastar das drogas
Isolamentos e suicídios.
Isso tudo não é  chantagem
É  o monstro da DEPRESSÃO.

(Val Mello)

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

IMPROPRIEDADE

Eu tenho tanta propriedade do nada
que no dia que eu falar algo perto do tudo
Esse tudo que tu quer ouvir
Serei confundido com um louco

É que hoje sou  apenas o louco que não fala pouco
Mas que poucos querem ouvir
Talvez seja um sábio  torto
Ou um cego dos ouvidos
Que emudeceu os olhos

E nesta expressão corporal,
sou  um homem recheado das certezas
Certeza de que amanha
Fui idiota no  ontem

(Val Mello)

O POEMA ETERNIZADO

Faço poemas com as pedras que tu me atira.
Recrio a arte onde tu gritas que não faço parte
Reinvento a ordem,
Onde teu ódio se faz estandarte .
E vomito seu veneno em poesia,
Com graça, com versos com classe.
Porque no poema moram as dores,
Despejam-se os anseios
Nascem, morrem e renascem novos amores
Curam-se feridas,
Travam-se batalhas,
Determina-se a existência ou não de uma nova vida.
O poema resiste,
E a resistência é minha luta
Que tira da vida o luto
Que lapida as palavras mais brutas
Que te devolve em versos
Os pensamentos eternizados

(Val Mello)

ALMA LIVRE.



Sinto na alma o cansaço de uma maratona,
E a esperança de quem se prepara para largada
Despida do moralismo que impede o bater de asas,
Descobri que enxergo além das vitrines do horizonte.
Que não me culpo e nem te culpo
Apenas me permito, E me desculpo,
Por tudo que tentei e não consegui fazer
Porque tudo posso ser,
Pelo simples fato de ter-me

Que posso ser a oitava nota musical ainda oculta
E posso na minha vanguarda
Está cometendo o oitavo pecado capital ainda não apontado.
Mas a liberdade com sabedoria é o mantra que respeito
E nesta liberdade me prendo

Desprovida da pretensão de TER
E mergulhada no universo Livre de SER






( Val Mello)

sábado, 25 de agosto de 2018

O PRAZER ÚNICO

Ela pode ser vulgar

Ser feita em qualquer lugar

A qualquer hora, a qualquer tempo.

Em um prazer único fecho olhos pra sentir

E depois abro para continuar,

Uso as mãos para guiar

E ouvidos para escutar meus próprios sussurros

As vezes suo, tremo, e as vezes até dói

Muitas vezes dói...

As vezes faz chorar

Mas o prazer em sentir tudo mais e mais

 é gigante.

É preciso recomeçar

E não pode parar no  meio

Para que nada venha a esfriar

E se parar para relaxar

E uma lembrança bater

É preciso correr e novamente fazer

Ai ai ai

Como  é intenso na alma

Esse lance de escrever.


(Val Mello)

AMOR DE MIM


Não peça respeito para seu companheiro

Não peça para ser amada

Não peça para ser desejada

Não queira ser cobiçada

Apenas se aceite

Se ame e se respeite

Assim não herdará migalhas

Sejas teu  amor primeiro

Sejas tu, por ti desejada

Cobice interinamente sua auto estima

Inveje o amor próprio

Se perdoe

Se permita

Se deseje soberanamente

Se critique e se reinvente

Invente um novo discurso

Se plante

Você é semente

Renasça

Se regue,

E tu por ti mesmo

Te encantes.


(Val Mello)

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

ISSO NINGUÉM FALA


Sei que morre gente todo dia
Que viver é um risco mortal
Mas experimenta nascer mulher
Pra você ver se o risco é igual
Peço a consciência de não achar que é vitimização
Mas se pensas assim
Você é  escroto é machista
É nojento, maldoso
É imoral.

Se estudou,  não aprendeu
Se pesquisou, não quis entender
Se te contaram tu não ouviu
E se te mostraram fez questão de não ver
Homem estupra homem
Homem estupra criança
Homem estupra mulher
Homem estupra atéanimal

E ai a culpa é da minha saia curta
Ou do homem  que acha que em qualquer lugar
Pode enfiar o seu pau
Não diga que estou  de mimimi
Ou que to querendo privilegio lá no  código penal
Mulher é dita culpada
Desde a costela do Adão
Até onde eu sei a costela ta do lado
E não debaixo da mão

Quantos homens tu conhece
Que conta histórias lavadas
Que olho roxo foi a pia do banheiro
Ou que  escorregou na escada
Que se acidentou na cozinha
Que se ralou na sacada.
Ou uma lembrança machucando
Feito faca afiada

Ninguém fala daquela mina
Agarrada e beijada a força na balada
È puta,  diz quem só olha
Quem mandou ir pra noitada
De roupa curta batom vermelho e cara pintada

Ou aquela no  trem sendo apalpada
Meninas de 2,5,10 anos
Sendo estuprada
No mundo afora,
Genitálias sendo cortada
Ah mas no Brasil isso não existe
Mas existem Padrastos que violam as enteadas
Vizinhos, amigos parentes que abusam
Mas pedem que
Shiiii!!!
 fiquemos calada
E nos fazem desde cedo nos sentir culpada.

O sexo com marido sem ter vontade
Sem que ele diga uma palavra,
Nos sentimos em obrigação.
Pois desde sempre a mulher tem as vontades mutiladas
Impostas pelo social ou pela religião


Por isso
enquanto  vida eu tiver hei de clamar
A gritaria calada escondida na dor,..
Por que talvez eu seja a bisneta
Da bruxa que tu queimou
Ou talvez filha da filha
Da mulher que tu estuprou
Só não queira que eu seja hoje
Um útero para parir
Nem mulher que tu já espancou

(Val Mello)

quarta-feira, 18 de julho de 2018

SEGUINDO...


Quero  muita revira volta
Quero  andar pra frente
quantas passos forem necessários  voltar 
Quero  engatar a re
Se for preciso recomeçar
Quero  ser livre para ir e vir
E se eu  me arrepender
Quero  a liberdade
com a  oportunidade
De poder aprender
Que valeu e vale a pena ousar


Sim...
Eu vim sim nesta vida a passeio
E isso  me dá o  direito 
De decidir o  tour que vou  fazer
Que atividade me dá prazer
Posso  escolher qual guia vou  escutar
e em que grupo  quero  está
Ou se vou  seguir sozinha.

Nesta aventura chamada vida
Cada um vai  onde quer
Mesmo  com  o  mundo  mal frequentado
Com  humanos alienados
Vale a pena sobreviver
Por que mistério  e emoção
Nunca foi  e nem sera chegar
mas sim pisar no freio
Parar, 
Apreciar a jornada
E se preciso for 
VOLTAR.   

(Val Mello)

sábado, 30 de junho de 2018

VÍDEO FURTO DA ESPERANÇA

https://www.youtube.com/watch?v=fccl-iZ75RY&feature=youtu.be


PRODUÇÃO: Ricardo Mendes

OAB  Barra da Tijuca RJ 30 de maio de 2018

sexta-feira, 29 de junho de 2018

O HOMEM DO PODER...

O homem é carente é maldoso
Tem a ânsia do poder
Seja cultural,
 por dominação ou  por prazer
Atropela as mais duras paredes
Sem para para pensar, 
Que o  mais fraco
poderá sequer sobreviver

Com o rabisco da rubrica
intensifica a dor 
Finge mazelas desconhecer 
O que sua concordância pode conter

Se refestela em cifrões
Ao adquirir a pujança
De coroar  e de destronar.
Se isenta do medo,
Brinda sob bajulações e segredos 
E a dor alheia não lhe abate.

E tudo que lhe importa 
é mostrar soberania
E a vaidade de brincar de Deus
Por vários, e vários dias.

Notas frias lhe permite
Ir além do seu  além
Muni-se de coragem
Abraça a crueldade
E na certeza da impunidade
Dá aos desvios seu amém

Quer ali permanecer.
Sem muito esforço fazer,
E os sabores do conforto.
A todo custo manter

A vaidade de  comando  e de veto
O artificio de mandar seguir ou de deter.
Tal domínio, só abandonará
Se para felicidade do povo
A morte lhe acometer

O homem do poder
Cercado da certeza
De que nada lhe detêm
De que o trafico da influencia
é sua riqueza e seu maior bem,
Esconde e isenta
Os corruptos de outrora
Mas amigos de toda hora
E continuam jogando com o povo
E os fazendo refém

Se por descuido ou  vaidades
Em pegadas mal camufladas
Os rastros virem a surgir
Se o calos forem rasgados
Com rastros de sangue marcado
É a hora que o homem chora
Mas não  chora arrependido, 
pelos passos mal dados
Mas porque clamor, lágrima e dor
São atos  unem povos
Pois a lamentação comove
E um pedido de perdão 
Proporciona ao  pedinte
A imagem da bondade
De talvez bom cidadão

O homem é fingidor
O do  poder  é melhor ator
Finge bem, para se dar bem
Finge na alegria e na dor,
Seja em Paris
Nas laranjeiras
No congresso ou  na Papuda
No restaurante chic, 
Ou  comendo  pastel de feira.

O homem no poder,
Finge bem , para se dar bem
Finge tão bem
Que quando  quer  ir além
Acha que só ele existe
Capricha no  espetáculo
 que o  mundo inteiro assiste
E esquece que o  espectador é alguém
Que ainda resiste

(Val Mello)





PRIDE

há uma corda de amarras  
no ódio que faz a guerra 
na ignorância que oprime
Não há  Deus de desamor 
com um rosário que chicoteia
Há humano que descrimine
 
Colorido não destrói 
transvestido não corrompe
só dejetos de frases feitas 
sob jugos de  um pecado
entre credos embutidos 
 refuta e desumaniza


Nas tristezas não há cor.
só se ama o que acredita
o  direito de amar
é como o direito à vida.

Ser capaz de ser quem é 
sem vergonhas ou culto à dor
sem vitrines sociais
sem opniões morais
tudo é muito alem de ser.


Orgulho LGBT

Val Mello

segunda-feira, 25 de junho de 2018

INÉFÁVEL



Sou fera, sou vida, sou Deusa sofrida
Sou fibra sou arte, sou tudo sou parte.

Sem credo ou descrença, sou luta presença.
Sou a terra, sou a água, sou o culto da alma.

Nudez sem a maldade, vontades latentes
Desejos ocultos, paixões intocáveis

Entregue a uma Deus, que guardo e que prezo
Que canto que rogo, chamado universo
Sem céu sem inferno, sem juras de eterno
Nem ódios de Satanás

Eu sou livre das matas, sem ouro nem prata
Rainha em terra e borboleta no céu

Sou fases da lua, sou minha não sua
Sou verbo e carne, sou expressão da fé

Sou Vênus sou Marte
Sou cria, sou crua
Sou um santuário
Prazer..
...Mulher!


( Val Mello )

terça-feira, 19 de junho de 2018

DAS PROFANEZAS QUE ME REVELA.

Ah que diga que minha arte é  profana,mas não consigo admitir o discurso de ódio, sem gritar, sem criar,sem me fazer ressurgir nas minhas estranha palavras
É tanto falso moralismo, desejos encubados,atos escondidos, ideais falsificados, atrás de uma religião ou uma pseudo moral. A internet é  o mundo da minha inspiração, perde apenas para as famílias, aquela bem pertinho da gente na versão da hipocrisia. Mulher casada com homem pra esconder lesbianismo, homem casado com mulher lutando contra o desejo de "morder as fronhas", como diz no popular.
-Ai menina... mas que vergonha , não fale assim dos seus! Religiosos e fervoroso, vestidos de homens de Deus. E isso é  só aperitivo, das novelas familiares, pois tem primas  pegam os casados, irmã comendo o cunhado, vai que é presente de Deus. O filho o marido assume, mas só o vizinho sabe, que tia da ave-maria, que reza um rosário por dia,  tem na conta os mistérios, com segredos entre pernas, só é pecado se for descoberto, tipo filha da vizinha, que engravidou do padeiro.
Posam os puros de putaria imaculada, a abominando o aborto que ao longe ouviu falar, mas não conta quantos fetos mandou  embora com as garrafadas da dinda do Nordeste
Gosto do parente viado, e gosto de falar a palavra "viado" porque assim o sinto mais proximo, parente de verdade, se disfarça com uma bíblia engana toda família, mas gosta mesmo de um pornozinho com menores no final da tarde, gozo no por sol deve ser mais poético, ou então Deus está tirando um cochilo a essa hora e não vai punir ninguém.
Ja fui chamada de louca, puta, profana, só porque defendo o prazer de falar e fazer o que deseja, ja fui até prostituta, lá na Barra da Tijuca, eu só era a única que não sabia trabalhava lá DIGNAMENTE- assuntos de família reunida no churrasco de domingo, faz parte...
Para outros, vou para o inferno,  missa no domingo em pleno dia de descanso, tô fora. Eu não sei rezar, mas juro que tentei aprender, afinal pra transar a gente aprende tudo, e o padre gostava de reza
É  tanto moralismo disfarçado e certamente minha família  não é  a única, cheinha de enrustido
propalando moral e os bons costumes  passado é  um verdeiro pasto de estrume emanados feito gados na religião como tábua de salvação, se viado e sapatão  é  coisa do cão o universo canino tá bem servido. Ah, não posso esquecer que outro rótulo de atribuição dos pur(t)os é diminuir a imagens de artistas, revolucionário ou qualquer um de pensamento contrário desconfio que haja fome de sangue, busca por brigas, mas que fique bem claro que falo dos meus, e de mim e dos desfaces de fé  e amor. 
E simplesmente limitar a opinar que minha arte é  um escândalo sem fim apocalipse em deve fome de gozo, simples faça sexo sem obrigação vá aprender, vá entender, vá perdoar, permita o amor e amar sem temer , 
Seja livre como eu,
A la' Nelson Rodrigues de viver.

(Val Mello)

quinta-feira, 14 de junho de 2018

MACHISMO MATA


Espetada
Nua,
Retalhada, 
Vendida,
Entregue as feridas,
De bandeja, servida,
Depois vomitada e cuspida...
...É  assim que me sinto
 cada vez que a tal Moralidade  dita
 o que deve ser feito ao meu corpo.
É  assim que me sinto
em  minha prisão ...
Humilhada demais pra denunciar
Machucada demais pra reagir 
E pobre demais para partir.
O machismo é um problema Social 
E nao é restrito só  ao homem. 
Não  se trata de batom vermelho 
Nem do decote ou da saia curta. 
A realidade é  injusta 
Sao anos de briga , 
São anos difíceis, 
são anos de luta.
A inquisição é  disfarçada 
Mulher continua sendo queimada
Mas ao invés de ser chamada de bruxa
A sociedade se moderniza e a chama de puta. 

(Val Mello)

quarta-feira, 13 de junho de 2018

PAPEL EM BRANCO

O branco do papel sempre me assusta...
A sombra, o rabiscado, 
o já  escrito  o editado.
A pintura, a rasura
Nada assusta mais do que o branco do papel.
A sombra por traz da luz ,
É  só  a imperfeição desajeitada
 de uma revelação.
O branco do papel me assusta,
Por que é  nele que está a descoberta
A evolução, o passo seguinte,
A loucura e a razão,
O próximo projeto ,
Os sonhos, a ilusão o futuro 
O tamanho infinito  da imaginação. 
O branco do papel me assusta
Me da a paz infernal
Porque o inferno e o paraíso
É  o branco do papel mais bonito 
Onde sobrevive o dom da criação 

( Val Mello)


O MAL HUMOR


Jaz  aí o moribundo,
cuja face endureceu
zigomáticos em greve
linda curva  padeceu

Onde mora o sorriso?
Desse semblante   gelado,
  Um defunto frio e vivo
 respira, e pira velado.
incomoda e não faz falta
eis aqui o mal humorado

o plágio da velha hiena
Que resmunga se cessar
  feridas"oh ceus, oh vida"
sem agenda pra sorrir

não sentir cocegas na alma
é morrer a todo instante


(Val Mello

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Caminho cheio.

Que o caminho seja cheio...
 de amigos,
e que ao menos um fique contigo.

Cheio de amores...
que não causem muitas dores

Cheio de magia... 
com despertadores de realidades
 e muitos minutos de fantasias.

Cheio de realizações...
mínimas  frustrações, 
para que ganhe sabedoria. 

Cheio de festas... 
e que em algumas falte o som do Dj 
para que a voz de ser ao lado ecoe

Cheio de dinheiro, 
Mas com dívida pequenina
para lembrar os compromissos

Cheio de dança...
mas com um dançarino  aprendiz,
para lembrar o valor da paciência.


Cheio de flores... 
com alguns galhos ressecados, 
para saber que podas são importantes

Cheio de alimento, 
mas com lembranças de quem não come
 para que lembres a necessidade de dividir. 

Cheio de paz , 
mas sem mas...
porque ela
 Ah ela...nos faz viver em abundância. 

Paz na alma, 
na vida , no lar 
Estejas em qualquer lugar.

E que a tua amiga de todo dia
Seja sempre a poesia 
pra chorar e  pra sorrir
pra fazer lembrar
Que nada é  mais perfeito que sonhos

A não ser, realizá-los 

💛💛💛

Val Mello 

quinta-feira, 17 de maio de 2018

NUANCES


Ao amor
 todos gritam oníssonos
em preces, em poesias
um pedido, um clamor
Tem gente bota cor
até em amores desbotados 
Preto e branco
Colorido
 Amarelo
incolor

Ela e ele
Ele e ele
Ela e ela
De que impota o êla?
se essencial é o elo
Elo de carinho
 respeito
prazer 
direito
Sem  regras sociais
Nem punições
Nem segredos

Amar somento amar
sem grilos
sem medos

Sem se impor ao  pudor 
Sem  contribuir com a dor  
sempre de dentro fora 
sem esmolar a paixão
sem vigorar solidão

Sem hora exata,
sem ser perfeito
Com basta às regras
jamais ser  metade
ser sempre inteiro

Sem disciplinas para amar
Vivendo cada de emoção
Porque linguagem do peito
Só possível ser lidar
Por aquele que a todo amor
Aprender a respeitar

Val Mello

17 de maio dia Internacional contra a Homofobia.

Viva a diversidade
Viva o amor
Viva o respeito
Viva a paz.



sexta-feira, 11 de maio de 2018

E DE REPENTE...

E de repente tudo é sol 
E de repente tudo é facil 
E de repente tudo surge 
E de repente  nada me impede 
E de repente amo demais 
E de repente nao amo mais 
E de repente quero muuito 
E de repente ja esqueci
E de repente sou outra pessoa 
E de repente me desconheço 
E de repente já não choro
E de repente só choro 
E de repente
 tão de repente
 tudo acontece 
MAS SERÁ QUE FOI TÃO DE REPENTE ASSIM?

(Val Mello)

terça-feira, 8 de maio de 2018

SOU VENTO

Não quero solidão com vista para o mar;
Não tenho vocação para estacionar;
E me desculpe de dancei carimbó, xaxado ou maracatu
E se pisei no teu pé, na valsa de um quadrado perfeito.
Ou se dancei sozinha, feito bêbada na madrugada.

Não quero solidão com vista para o mar
Em nem um dote para receber
Quero banho de chuva
Pra me molhar de corpo alma, roupa
e me lava de prazer

Não quero solidão com vista para o mar
Eu quero é cara no sol
Eu quero um tom brozeado
Eu quero areia no  pé
eu quero corpo suado

Não quero solidão com vista para o mar
Eu quero é mar de sorrisos
Com correntezas de amor
Eu quero nascer de sol
Eu quero tardes com cor

Não quero solidão com vista para o mar
Eu nasci pra ser a ilha, que a corrente vem lavar
Eu nasci pra ser vento
que muda o balanço das ondas
Que carrega as folhas caídas
Que obriga a mudar a posição das velas
Eu quero ser vento de liberdade
Que muda seu penteado,
sem pedir sua permissão
Que muda a vista do mar
e sopra tua solidão.


Val Mello






quarta-feira, 2 de maio de 2018

VERSOS INVERSOS

Versos lindos, lindos versos
Tantos versos eu citei
Fiz meu  mundo um reverso,
De tanto que revirastes meu universo
Em teu inverso me inspirei.
Me dei, me  entreguei
em caneta e papel me amarrei
Ao meus versos fui fiel
E amei  um amor  cruel.
E se olho meu universo do avesso
Vejo no  inverso dos meus verso
Um mundo  que só  eu vi,
só eu sei
Na ilusão e no incerto
em tais versos me segurei
E me encontro em reversos
Das rimas que recitei.



Val Mello


O POETA DE BARBA

epiderme inaccessível
pele entregue em cada página
um poema como rótulo
em emoção descoberta.

 um soneto em cada drama, 
camuflagem metrificada 
 lentes de mar aberto
olhar perdido no amar

na compreensão da leitura
escorre nos fios da barba
a mão querendo calar
a boca que conta o onírico.

Não há meios para vê
a tremura dos teus lábios
escondido em capilares
poema que anda e pensa

Hermeticamente eu descrevo,
a confusão do teu eu
atrás da barba mal feita
do fios já branqueados

a noiva que tira teu véu
vendo a face do poeta
na mágica transformação
é o assustador  papel

Val Mello






sexta-feira, 27 de abril de 2018

Sertaneja Metropolitana


Da metrópole 
sou apenas mais um José
Calos nas mãos ,
 poeira nos bolsos,
saudade no peito
Esperança no novo
 Uma fotografia de lembrança
E muita, muita fé.

Lembranças do sertão,

De papai arando chão,
Sonhando com o cair da chuva
 e o verde da plantação.
E nas esquinas desta tão grande cidade,
 filas e filas pra labutar,
Para ter pão para comer,
 uma cama pra descansar.
Quanto a oferta da dignidade humana,
melhor calar...
Prometi a mamãe voltar logo,
e fazê-la rir com meu retornar.
Acamar o coração
daquela pra quem seria sempre menino,
E reviver com apegos
 as memórias, que trago lá do sertão.
Donde a rede fria aquece,
e o fogão de lenha dá luz
Donde as estrelas e luar são espetáculos,
e a flor do campo seduz
Donde o rio que corre purifica a alma,
e raios de sol são rastros que conduz.
Minhas férias estão chegando,
e no natal vou te visitar.
E dos amigos, amores, pais queridos e meu sertão
Guardareis as lembranças que nunca hão de apagar.



quarta-feira, 25 de abril de 2018

TIM TIM...





Um brinde a quem brinda,
A quem chama à felicidade
Num simples bater de taças .

Festejemos as vitórias
As prosperidades e glórias.

Que a saúde vá além
Com vontades controladas
Que os amores que vem e vão
Sejam experiências guardadas.

Que taça com taça vire música
Que embriaguês não dê motivos
Para chorar na ressaca.

Que não se percam nem amigos,
Nem amores
Mas se inevitável for
Que sejam breves as dores.

Que a taça nao fique vazia
Muito menos os corações
Brinde a vida e poesia
Nos breves instantes de fala
Não percas tempo a contar
Os ódios e as agonias.

Senão a bebida esquenta
E o tira gosto esfria.

Esvaziei todos os copos
Mas fujas da vida vazia.

TIM TIM


(Val Mello)

segunda-feira, 23 de abril de 2018

PÉS ♡♡♡

Membros que viram asas 
quando eu preciso voar alto 
Pilares que me sustentam, 
Quando parar é  necessário 
Se estou ébrio me equilibram 
Se estou fraco, estaciono
 E ganho forças pra seguir 
Se latejam e edemaciam, 
É  hora de dar-lhe atenção .

Há  os que se emocionam , 
quando os escuta pisar
Há quem nunca esqueça  o som
 que reproduz ao andar
Há tambem os que se excitam 
Que querem acariciar,
Há quem veja neles tanta beleza
Em querer   um dia  os tocar 
Tocar os pés  de uma deusa 
Que deseja como sua
E aos pés  da mulher amada 
ver a beleza nua
Daqueles pés  tao pequenos 
Que a noite fico olhar
E que pela fotografia 
Idealizo todos dias
os pés que quero beijar.

Há tambem quem repudie 
Quem sinta nojo ou vergonha.
Seja macio, adornado, 
tatuado e até rachado.
Salto alto, ou butina, 
chinelo  e até descalso
Há  quem idolatrará.

Nao sustenta só a matéria 
Mas o poema pra apaixonar, 
Faz a bailarina brilhar
Faz o atleta vencer
Do cego é  o volante 
Da criança  é o primeiro 
trilho de liberdade a percorrer
Os pés  viram a própria  luz 
Desafiando a física e
e mostrando  seu poder.

E quando a metáfora  é  correr 
Os pés seguem em passos largos
para poder conseguir ,
E se preciso desistir
Que meus pés  não me traiam
e jamais me deixe ir.
E é nas trilhas da vida íngreme 
que encontramos pessoas tudo,
 Pessoa cabeças , pessoas mãos 
Pessoa costas e pessoas coração 
Mas  numa pessoa pé
Entendemos o que é  apoio,
nos pés  de um irmão .
Pé  feito de auxilio
Pé  que consola alma
pé que sustenta a escalada
Pé  anti pé, mas sempre de pé .
E se no transporte da vida 
A vida me deixar sem pés 
Paro aos pés  da esperança 
em pé  feito criança 
De mãos postas em fé .

Pés pés... belos pés 
  ainda que não os tenha,
Me apoio em cada passo.
Pés  doídos pés  cansados
Me mantenha firme a ideia
De está  sempre de pé .