No tumulto das avenidas
Olho palco dos automóveis
Tantos olhos que não se vêem
Em correrias indefinidas
Palavras com seus ruidas
Respostas de silêncios universais
Atrás do pão feito zumbis
Sombras de homens, sobras canibais
Os solitários e seus açoites
São saciados pelos desejos
Aos fins de tarde e cair de noites
Muitos falantes, nada de ouvintes
Dentro das caixas de concretos
São solidões fazendo brindes.
Val Mello
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quarta-feira, 28 de agosto de 2019
INDOMÁVEIS
Alguns seres nunca serão domados
Mordaças não impedem desejos
Não confundas Liberdades com iniquidades
Nem corpos lascivos com obsessões ou ensejos
Gritos para que calem
Não dominam pensamentos,
Lampejos de santidade
Não tira do mundo libido
Há mentes que enlouquecem
Sem as concupiscências da carne
E outras se sanificam
Com o que a moral se enfurece
Alguns seres nunca serão domados
Uns por se contraporem
e eu por me permitir.
Val Mello
Mordaças não impedem desejos
Não confundas Liberdades com iniquidades
Nem corpos lascivos com obsessões ou ensejos
Gritos para que calem
Não dominam pensamentos,
Lampejos de santidade
Não tira do mundo libido
Há mentes que enlouquecem
Sem as concupiscências da carne
E outras se sanificam
Com o que a moral se enfurece
Alguns seres nunca serão domados
Uns por se contraporem
e eu por me permitir.
Val Mello
quarta-feira, 14 de agosto de 2019
Pérolas ruivas
SE A PÉROLA SAIU DO MEU OSTRACISMO, EU ESCOLHO A COR.
Cuidado com a ruiveza
Com essa cor que incendeia,
Mora nas solércias de Hera,
Ou nos fascínios de sereia.
Mira pérolas quando ama
E pérolas ruivas, quando odeia.
É um jóia quando explode,
E um rico baú quando freia.
Excêntrica pra ser rainha
Mas formadora castelos.
Diferente uva nas vinhas,
De sabor aos seus afins
Dissabor de seus abjetos
Pérola ruiva escolhida,
Ruborizada e escondida,
Atabulando percalços
Por cores e poemas de telúrica acidez.
Imparidades da vida,
Enriquece os afrontos
Que outras damas por praxe
Não ousam vociferar.
Sob o fulvo fio colorido,
Fulgura pérolas de lábaro quente
Em seus oceanos de expressões.
Val Mello
terça-feira, 13 de agosto de 2019
Dia 12: De Flor e De Frutas
(Jorge Ventura)
Porque eu colho aromas
desde o dia em que eclodiste
em flor para mim.
Lembro-me da primeira vez:
afoitos,
germinamos sementes
a poucas horas de a poesia
verdejar num plantio de egos
Mas aquele dia nasceu tão “Eros”
feito os dias que começam
com um simples café da manhã
e terminam em tardes fecundas
de vontades noturnas
Permitiste
enraizar-me em teu íntimo
em teu sexo solar e frutífero
Senti o cheiro
de terra úmida de chuva
e provei do teu sabor
qual morango e uva
à época da boa colheita
Hoje – humilde agricultor –
cultivo delícias no teu rico pomar de prazeres
(Jorge Ventura)
Porque eu colho aromas
desde o dia em que eclodiste
em flor para mim.
Lembro-me da primeira vez:
afoitos,
germinamos sementes
a poucas horas de a poesia
verdejar num plantio de egos
Mas aquele dia nasceu tão “Eros”
feito os dias que começam
com um simples café da manhã
e terminam em tardes fecundas
de vontades noturnas
Permitiste
enraizar-me em teu íntimo
em teu sexo solar e frutífero
Senti o cheiro
de terra úmida de chuva
e provei do teu sabor
qual morango e uva
à época da boa colheita
Hoje – humilde agricultor –
cultivo delícias no teu rico pomar de prazeres
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