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quinta-feira, 17 de maio de 2018

NUANCES


Ao amor
 todos gritam oníssonos
em preces, em poesias
um pedido, um clamor
Tem gente bota cor
até em amores desbotados 
Preto e branco
Colorido
 Amarelo
incolor

Ela e ele
Ele e ele
Ela e ela
De que impota o êla?
se essencial é o elo
Elo de carinho
 respeito
prazer 
direito
Sem  regras sociais
Nem punições
Nem segredos

Amar somento amar
sem grilos
sem medos

Sem se impor ao  pudor 
Sem  contribuir com a dor  
sempre de dentro fora 
sem esmolar a paixão
sem vigorar solidão

Sem hora exata,
sem ser perfeito
Com basta às regras
jamais ser  metade
ser sempre inteiro

Sem disciplinas para amar
Vivendo cada de emoção
Porque linguagem do peito
Só possível ser lidar
Por aquele que a todo amor
Aprender a respeitar

Val Mello

17 de maio dia Internacional contra a Homofobia.

Viva a diversidade
Viva o amor
Viva o respeito
Viva a paz.



sexta-feira, 11 de maio de 2018

E DE REPENTE...

E de repente tudo é sol 
E de repente tudo é facil 
E de repente tudo surge 
E de repente  nada me impede 
E de repente amo demais 
E de repente nao amo mais 
E de repente quero muuito 
E de repente ja esqueci
E de repente sou outra pessoa 
E de repente me desconheço 
E de repente já não choro
E de repente só choro 
E de repente
 tão de repente
 tudo acontece 
MAS SERÁ QUE FOI TÃO DE REPENTE ASSIM?

(Val Mello)

terça-feira, 8 de maio de 2018

SOU VENTO

Não quero solidão com vista para o mar;
Não tenho vocação para estacionar;
E me desculpe de dancei carimbó, xaxado ou maracatu
E se pisei no teu pé, na valsa de um quadrado perfeito.
Ou se dancei sozinha, feito bêbada na madrugada.

Não quero solidão com vista para o mar
Em nem um dote para receber
Quero banho de chuva
Pra me molhar de corpo alma, roupa
e me lava de prazer

Não quero solidão com vista para o mar
Eu quero é cara no sol
Eu quero um tom brozeado
Eu quero areia no  pé
eu quero corpo suado

Não quero solidão com vista para o mar
Eu quero é mar de sorrisos
Com correntezas de amor
Eu quero nascer de sol
Eu quero tardes com cor

Não quero solidão com vista para o mar
Eu nasci pra ser a ilha, que a corrente vem lavar
Eu nasci pra ser vento
que muda o balanço das ondas
Que carrega as folhas caídas
Que obriga a mudar a posição das velas
Eu quero ser vento de liberdade
Que muda seu penteado,
sem pedir sua permissão
Que muda a vista do mar
e sopra tua solidão.


Val Mello






quarta-feira, 2 de maio de 2018

VERSOS INVERSOS

Versos lindos, lindos versos
Tantos versos eu citei
Fiz meu  mundo um reverso,
De tanto que revirastes meu universo
Em teu inverso me inspirei.
Me dei, me  entreguei
em caneta e papel me amarrei
Ao meus versos fui fiel
E amei  um amor  cruel.
E se olho meu universo do avesso
Vejo no  inverso dos meus verso
Um mundo  que só  eu vi,
só eu sei
Na ilusão e no incerto
em tais versos me segurei
E me encontro em reversos
Das rimas que recitei.



Val Mello


O POETA DE BARBA

epiderme inaccessível
pele entregue em cada página
um poema como rótulo
em emoção descoberta.

 um soneto em cada drama, 
camuflagem metrificada 
 lentes de mar aberto
olhar perdido no amar

na compreensão da leitura
escorre nos fios da barba
a mão querendo calar
a boca que conta o onírico.

Não há meios para vê
a tremura dos teus lábios
escondido em capilares
poema que anda e pensa

Hermeticamente eu descrevo,
a confusão do teu eu
atrás da barba mal feita
do fios já branqueados

a noiva que tira teu véu
vendo a face do poeta
na mágica transformação
é o assustador  papel

Val Mello