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quarta-feira, 22 de maio de 2019

TRANSCENDÊNCIA


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Cruzamento de olhares
Entreganm os seus segredos 
Levam mentes a perguntar
Quem procuras na multidão.
E o encontro de almas
Entre olhos se abraçam
Lembram tempos e histórias 
Que este tempo não escreveu.

Transcendencias das vidas,
Que quando estão bem perto
Precisam se ter de longe
Para que o mundo não perceba,
Que sempre estivemos juntos.

(Val Mello)


terça-feira, 21 de maio de 2019

TENOR

Foto: Eduardo Reis

TENOR

Um sopro que faz soar,
um timbre tão agudo
vindo em ondas tão suaves.

Precisamente, és  digno
Da destreza de quem percebe almas,
Da beleza de um musical sensível,
Entoando a  melodia
Ecoante teu ser

Tua voz é  um acorde envolvente
Celebrando a vida
Acalmando a alma
Fertilizando a mente.

(Val Mello)

quarta-feira, 15 de maio de 2019

BATOM


É um misto de segredos,
Que transforma toda mulher.
É expressão de beleza,
E até desacato à fé .
Mexe com sentidos mortos,
Mexe com a repressão,
Mexe com os comprometidos,
Causa ciúmes na multidão.
Escorrega entre os lábios,
Nos faz despertar muitos dons,
Nem quem usa, sabe explicar,
O poder de um batom.

(Val Mello)

terça-feira, 14 de maio de 2019

UM MAR, UM VIOLÃO E ELA

Imagem relacionada
Foto: Arquivo de Internet

O mar um abrigo
O violão um amigo
São três e trinta da manhã
E já nem sei pra onde vou.
Se sigo bem lento
Ou se volto correndo
Tentando alcançar
O que me escapa das mãos.

E a liberdade?
De ser  eu de mim,
E abandonei
Em nome não sei
De uma fugaz companhia

Pergunto ao mar
Que ainda é meu guia
Quantas notas eu teço
No meu vilão
Por esta mulher
Que não sei se me quer
Que mesmo tão lacônica
Me amarra a seus pés

(Val Mello)





O AVESSO


Ontem chorei por você
Hoje, eu  quero seu fim
Amanhã quem sabe
A maldita saudade 
te rasgue o peito
E tu se lembres de mim

Na estrada eu sigo
Sozinha,
em delírios
Tirando  um som
um  sol de amar 
que não cabe seu sim

Quem sabe num abrigo
de um colo desconhecido,
vou  acordar iludida
travando batalhas sem fim

Mas que fim?
Senão  um avesso
De um verso  incerto
De um blues ou bolero
De um samba sem bamba
De um dito poema
Sem  rima nem lema
De um quero ou não quero
De um porre certeiro
De um choro ligeiro
Pronto pra recomeçar
acordei sozinho 
na beira mar

(Val Mello)

AQUELA MENINA

Imagem relacionada
(Arquivo de Internet)
O dia se finda,
a noite  eu abraço
Vou de bar em bar
atras de um bem
Que um dia eu fitei.
Não sei o eu nome
Nem de onde vem
Se tu és sozinha
Ou se tem alguém.

Nas ruas e esquinas,
eu busco encontrar,
A dama menina
com olhos de mar
 eu não estava só
no instante ligeiro
Nem lembro quem era
meu par passageiro


o tempo fechou 
Seu vinho acabou
Partiu foi embora
sem nada dizer
tua face molhada
me olhou e saiu
Meu mundo chorou e sorriu
fiquei na esperança
de um dia te ver

Vou de bar em bar
Atrás da menina
Que mesmo chorando
Me fez encantar


Val Mello



VELADA ALFORRIA




Vivi e vivo uma fantasia
Talhada nos livros de história
Registrando em minha memória
Essa forjada alforria

Não foi por benevolência
Não foi um presente real
Foi pressão, luta e resistência
Ante tanta violência
Que ao algoz era legal

Lei Áurea não libertou
Apenas soltou corrente
Mantendo um povo carente
Dependente de um Senhor
Que aboliu o literal tronco
Mas a senzala se fez presente.
Herdamos o chicote que mata
O preconceito e o racismo
Em nossas mentes.

Embaixo deste tapete
Ainda há muita indecência

Parece não queremos ver
Q vivemos a demopseudo
O País ainda não é de povo livre
O País ainda respira o feudo.


(Val Mello)


Texto inspirado em versos da na música "Peixes" de Juliano Ode

segunda-feira, 13 de maio de 2019

FEUDO





Não tenho um país do povo
Eu tenho um país do feudo.
Não há limite para o roubo,
Não há prisão para o patrão

A sua mala carrega o luxo,
ceroulas carregam dólares,
Notas frias  foram lavadas,
Esvaziando meu bucho.

Não há aterro para tanto lixo
Que se produz num quadriênio
Não sobra povo para tantos vermes
Que se alimentam do seu suor

Escravidão e feudalismo
Ainda são a melhores rendas
Hoje chamam de emendas
O tronco com amparo legal

(Val Mello)






Releitura de alguns versos da música "peixes" de Julyano Ode.

quarta-feira, 8 de maio de 2019

MEUS IMPOSTOS, POR UM WHISKY VERDADEIRO

Meu imposto está em dias
Minha carteira está vazia
E minha alma até implora
Por direito a ter direito
A prazer  e boemia.
Hoje só queria uma companhia

Paro num bar ouço um blues
Lavo  a garganta com Whisky
Beijo  alguém que ali me olha
Querendo saciar do meu cio.
Mas me sinto um imbecil,
Gastando o que não tenho.
Eu reclamo do sistema
E só vejo  o  'venha a nós'.
Me emputeço com as pessoas
Que tudo aceitam numa boa,
Que justificam novas cagadas
Com as velhas trapalhadas,
Encubadas ,
Delatadas
Por prisões domiciliar trocadas.

Acho  que vou  me embriagar
Tirar um som da guitarra
No meu quarto sombrio
No  meu escuro preenchido de vazio
Depois... um sono sutil.
Já são seis da manha.
Acordo na puta ressaca
Da falsificação barata
Do Whisky que tinha gosto de cachaça.

É inverno  e está frio
Mas é hora do desfio
Trabalhar  pra parlamento sustentar
Trabalhar  para lamento.
O mês logo se finda
Há impostos pra pagar 

(Val Mello)

TODA MÃE É POEMA!

A imagem pode conter: 1 pessoa, sorrindo, flor
Eu  queria fazer  o  melhor poema
Com esta palavra pequena
Que embelezasse essa flor,
Que explicasse sua compreensão
Que se traduz em amor
Que revelasse a magia
De uma mãe por sua cria
Este ser que traz na alma
O significado da Calma
E o alívio da agonia

Eu  queria fazer  o  melhor poema
Sobre este este anjo que cuida de mim
Que não importa a minha idade
Serei criança até o fim
Eita anjo  mais que fiel
Batizado só com três letras
Nome doce feito mel.
Deve ser traquinagem divina
Explicando que Mãe
É do tamanho de céu.

Eu  queria fazer  o  melhor poema
explicando seu poder
De sem diploma , ser doutora
Ser professora sem saber ler
De ser criança pra agradar
Se eu tiver com quem brincar
É curandeira e adivinha
Parece ler pensamentos
E se ver o filho chorar
O seu colo é o firmamento.

Eu  queria fazer  o  melhor poema
Pra explicar com destreza
Com quem parece esta criação
Protege a cria feito onça
É mais forte que um leão
enxerga como uma águia
Fareja feito um cão
É sensível como as borboletas
Que se metamorfoseiam
Mas faz no filho a transformação.

A sua , eu não sei
Mas minha mãe era mágica
Curava joelho ralado
Com sopro, carinho
E beijinho demorado
E hoje eu crescidinha sei,
Ela é magica com certeza
Cura as dores da alma
As solidões e os traumas
As frustrações e tristezas.

Mae, só queria escrever o melhor dos meus poemas
dedica-los a ti
Explicar tua sabedoria
A tua arte em dividir
Tua capacidade de somar
E de  dor diminuir
Até atriz você é
Interpreta e sabe fingir
Pra não ver seu filhote
Preocupado, ou sem sorrir

É terapeuta da vida
É militante, é exemplo de resistir
Nos transforma em estrela
Antes de um dia partir
Eu sei que não consegui compô
O melhor poema de amor
Que traduzisse o que sinto
Aqui dentro do peito
Apenas, aprendi dizer
Que mãe, é a palavra mais doce
E que seu amor é mais que perfeito

(Val Mello)


Poema dedicado a minha mãe Maria da Guia.

















terça-feira, 7 de maio de 2019

BRINCANDO DE CORDEL 1: O Sorriso




O sorriso é a linda curva
que nunca dói encurvar
É a cura de muitos males
É a gratidão no  olhar
É  a palavra perfeita
Quando  a boca não pode
Ou então não quer falar

Eu sorrindo  digo  sim
É um OK a qualquer um
Um sorriso cura mágoa
Um sentimento  igual a nenhum
É a concordância do incerto
Riso frouxo, riso aberto
Riso tímido ou  riso comum

Eu sorrindo digo  sim
E encerro de vez qualquer briga
Esteja de mal o casal
Esteja de mal com amiga
Eu sorrindo digo  sim
E fecho de vez a ferida

A medicina ensina
Que rir é o melhor remédio
Seja de si ou  do outro
Seja do humor ou  do  tédio
Sorria que a vida é criança
Entre de vez nessa dança
Se jogue, é um privilégio.

Quando  o mundo acarrancar
Quando  mal humor persistir
Dê ao mundo  o  lhe falta
Ensine o  outro  a sorrir
Pois quanto  mais sorrido dado
é mais amor aumentado
É menos fardo  em ti.

Lembre de quem gargalha
E tente gargalhar também
Ria alto, com vontade
Isso não mata ninguém
Vão até achar engraçado
Você rindo feito louco
Irão rir de você
E isso cresce aos poucos
O riso vai virar corrente
E você curará os doentes
Presos no  silêncio rouco

O sorriso  é tão genial
Que marca qualquer lembrança
Pois dos tempos da meninice
La dos  tempo de criança
É o sorriso que guardamos
Do paquera, do amigo,
Ou do  ente que nos deixou
Só registramos essa curva
Cheia de dentes e nada turva
O sorriso na memória é que ficou


Eu  sorrindo  digo  sim
e vivo  em harmonia
Pois mau humor e cara feia
Deixam a vida vazia
Eu  sorrindo digo sim
E hoje  e sempre quero  pra mim
Teu sorriso de companhia

(Val   Mello)