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sexta-feira, 31 de março de 2017

SONHEI


Fecham-se as cortinas
As luzes se apagam
O espetáculo acabou

E na sobra  do  silêncio 
a lembrança rebobina
a vontade dividida.

Adeus protagonizado
no afago  dos  cabelo, 
nos suores entre os pelos

Telefone que não toca
uma fala ele que não fala
me diz "deixe seu recado"

Um agudo que não ouço
um grave, que agrava ouvir
jaz um coração zumbi

Eu não tenho  seu  retrato,  
nem avisos sobre ti
só ventos  emoldurados

O sono chegou  ao fim
devaneios surreais
acordei refém de mim

Se o mundo findar agora
levaria pra outra vida
tua imagem de outrora

Os milennium numa noite, 
na sobra flores  e frutos .
me colhi em tua cama 

foram braços de  cobertor
deu seis horas da manhã
novo dia começou!

11/03/2017

(Valdene Mello)



ORGULHO: VALA ABERTA



Nossos dias,
cada dia mais difíceis,
Nossa dor
uma dor que não se acaba

Falta amor, falta brilho e lampejos
são dois corações sem cores
dois amores sem os beijos

A  saudade já não dói
nada mais nos faz brigar
tudo é lento ou inamovível

Por orgulho o quero perto
São dois débeis corações,
com truques que não dão certo

Na orgulhosa resistência
sobra  ao reles desamor 
uma vala sem afeto.


23/12/2016
(Valdene Mello)

quarta-feira, 29 de março de 2017

REVISTA POESIA EDIÇÃO 2017 / TEMA :MEIO AMBIENTE


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Lançamento da 2017 da edição da  Poesia RevistaEditora Gisele Lemos chancela bolgtok, Portugal.


  Nosso país é rico em diversidade, repleto de pessoas cultas que valorizam as parcerias culturais e o

nosso tema, dessa. Edição Poesia Legal Revista, foi sobre meio ambiente.

Aproveitando as pesquisas realizadas, que indicam a poesia como o gênero mais lido, entre os jovens e

adolescentes a partir de 11 anos de idade.
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Lancamento desta edição aconteceu dia 28 de março em Ipanema, Rio de Janeiro. A ilustração da capa da Poesia Revista traz o simbolo da arara azul em representação à natureza e a imagem de todos os coautores da revista.




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Parabéns a todas pela inspiração de compor!!!

segunda-feira, 20 de março de 2017

ASSINADO : PLANETA



Eu sou o calor abrasante que te toca;
Não é que quero te escaldar, mas porque clamo por sua atenção, para dizer que posso ser brando.

Eu sou a geleira solitária, Que se derrete em teu mar,
não para transbordar nas areias de suas praias,
mas porque já não tenho forças para me suportar, 
me sinto fraca e me derreto, 
e em águas salgadas me
transformo feito lágrimas de dor, 
e em meu choro desejo não ser um passado derretido

Sou um rio que um dia existiu,
Filho de outro que já não corre para abraçar o Oceano,
não é que sejam inimigos, 
mas o contato já foi desviado e transposições os sufocaram,
assorearam minhas margens,
queimaram meus vizinhos verdes,
e meus amigos que voavam, migraram ao Sul, 
outros correram para montanha, 
meu curso foi interrompido, 
já não sei meu nome;
Se me chamo Congo ou se o apelido é Chico, 
se me chamam Negro ou se gostava de Missipi,
se Araguaia é meu sobrenome, 
se minha mãe era Amazonas 
ou se meu pai se chamava Nilo, já
não sei quem fui, sou ou serei...

Sou o ar que pesa teus pulmões;
Já não te relaxo nem oxigeno seu cérebro, 
mas cheguei a ti cansado, 
pois era tanto trânsito, que não te alcancei.
Havia tanta fumaça
que te perdi e no meio das cinzas, 
e do chorume dos lixões,
cheguei sujo
ao teu encontro.

Ainda sou o papel em branco que sobrou;
Que depois de tantos anos sendo filtro do teu ar, 
sendo sombra e descanso para tuas trovas,
ainda lembro o grito de dor que o corte do motosserra calou.

Ainda sou o céu que te olha;
Mesmo sem você ter tempo para me contemplar, 
sigo firme na esperança, de estar belo e arrumado pra ti

Sou o anônimo da tua poesia, 
que embeleza os teus dias, 
que refresca sua sede, 
que aquece tuas manhãs, 
te refrigera o calor.
É, Não sei até quando, mas seu, ainda SOU.

Ass: Planeta

quinta-feira, 16 de março de 2017

DECISÃO


Decidi mudar de vida;
E dizer que mudei pra nunca mais mudar
Ou pra nunca mais lembrar
Ou pra nunca mais chorar.
E se a vida me deixou  fria
E se a distancia de ti me de deixou  longe de mim
Já não sei  explicar
Não  há mais o  que chorar,
Não  há mais o que buscar,
Não  há mais porque esperar.
E em cada lembrança ja quase esquecida
Lembro que esqueço  de mudar  de vida.
E ainda encontro tua alma perdida
na mesma rua;
na mesma pra, nos mesmo passeios vespertinos.
E todo grande problema vira nada;
E todas as responsabilidades são esquecidas. 
Volto para Terra!
Porque a decisão é mudar de vida
E comecei a fazer isso quando  parti
E vendo  teus olhos mergulhados em lágrimas , eu sumi
Na curva daquela estrada.

quarta-feira, 15 de março de 2017

SENTIDOS



 sonhos, 
 caminhos;
No espelho do rosto
fraqueza em sorrir 
chorar
sentir 

 perdida em mim
mergulho em me amar
sou boca em silencio
de olhos cerrados
que grita pra dentro
do inferno em paz




(Valdene Mello)