Onde foram morar os sonhos?
E as doces frases da infância?
A ilusão de criança?
E o futuro promissor?
Gentes Grandes...
Nas abundantes insônias
Com um sonhar ainda "não pecado"
Entre apontadores atirados.
Um condenado, ocioso por sonhar.
Gentes grandes prendem sonhos
Libertam gentes sonâmbuas
Val Mello
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segunda-feira, 23 de dezembro de 2019
quarta-feira, 27 de novembro de 2019
SÓ POR HOJE
Passos largos na estrada
Transbordante amor entre-póros,
Como se tudo, fosse pra ontem
E doar-se não fosse o bastante.
Como se o rio já fosse o mar.
Entregar-se sem ter licença
À Vida em fio de navalha
À Vida em busca da falha
Ás falhas da existência.
Só por hoje me amarei,
Só por hoje serei feliz,
Só por hoje a vida não para
E que amanha seja mais um vez,
Só por hoje.
Val Mello
Transbordante amor entre-póros,
Como se tudo, fosse pra ontem
E doar-se não fosse o bastante.
Como se o rio já fosse o mar.
Entregar-se sem ter licença
À Vida em fio de navalha
À Vida em busca da falha
Ás falhas da existência.
Só por hoje me amarei,
Só por hoje serei feliz,
Só por hoje a vida não para
E que amanha seja mais um vez,
Só por hoje.
Val Mello
segunda-feira, 18 de novembro de 2019
DELÍRIOS
Alguns dias são tão pesados
Alguns passados tão presentes
Alguns presentes tão distantes
Alguns futuros apenas sonhos.
E tudo vira criança
E tudo vira infância
E se canção estiver certa
"Os sonhos não envelhecem."
Val Mello
Alguns passados tão presentes
Alguns presentes tão distantes
Alguns futuros apenas sonhos.
E tudo vira criança
E tudo vira infância
E se canção estiver certa
"Os sonhos não envelhecem."
Val Mello
SILÊNCIOS PARALELOS
De que valem as armaduras
Se a alma já estar atingida
Por palavras metralhada
Por frustração engolidas
O falar engasga o choro
E o soluço fica pra outra hora.
Seguindo uma direção,
Com um rumo talvez sem norte,
Ouvir talvez um "boa sorte"
Não afaga, mas revela.
E quando se grita os silêncios
Encontra-se ali as respostas.
Pronto! Foi-se o pranto,
Armaduras recompostas
Paralelos a moverem-se
Nem sempre na mesma direção
Val Mello
Se a alma já estar atingida
Por palavras metralhada
Por frustração engolidas
O falar engasga o choro
E o soluço fica pra outra hora.
Seguindo uma direção,
Com um rumo talvez sem norte,
Ouvir talvez um "boa sorte"
Não afaga, mas revela.
E quando se grita os silêncios
Encontra-se ali as respostas.
Pronto! Foi-se o pranto,
Armaduras recompostas
Paralelos a moverem-se
Nem sempre na mesma direção
Val Mello
MIM ARTE
Dose,
Dupla,
pintura.
Necessariamente
Nessa
Ordem.
O que é a arte?
Senão inquietos segredos.
Entregas de verdades
Mundo real iludido
E certezas confortantes.
Val Mello
OPHIDIA
OPHIDIA
Da presa que extermina,
Brota antídoto da cura.
Ainda encontro ternura
Na dualidade maldita.
Se um sibilar amedronta
O gigante que a despreza
Imagina, se a afrontas,
E faz valer sua empáfia
No torcer do seu rastejo
Paralisa quem a olha.
Sem precisão da visão,
Desfila esguia onde passa.
E em bifurcação lingual
Diz ao vemoronasal
O que há em sua estrada.
Rotulada e sem cortejo
Vive a vida envenenada ,
E aprumada em seu rastejo,
Ou recolhida a suas voltas
pode portar o último beijo
Ao gigante predador.
Val Mello
Da presa que extermina,
Brota antídoto da cura.
Ainda encontro ternura
Na dualidade maldita.
Se um sibilar amedronta
O gigante que a despreza
Imagina, se a afrontas,
E faz valer sua empáfia
No torcer do seu rastejo
Paralisa quem a olha.
Sem precisão da visão,
Desfila esguia onde passa.
E em bifurcação lingual
Diz ao vemoronasal
O que há em sua estrada.
Rotulada e sem cortejo
Vive a vida envenenada ,
E aprumada em seu rastejo,
Ou recolhida a suas voltas
pode portar o último beijo
Ao gigante predador.
Val Mello
RELÓGIO DA ETERNIDADE
"Quanto tempo dura o eterno?
_As vezes apenas um segundo"
(Lewis Carroll)
RELÓGIO DA ETERNIDADE.
Das vontades fulgurantes
das esperas tenebrosas
Contam-se em dedos as horas.
e eterniza-se as paixões
O tempo é lépido,
O tempo se veste da nudez.
E construir o eterno,
é só um segundo talvez
Fração de minuto é tesouro
contado com o que é contido.
Quarenta e três minutos vividos,
é um eterno sagrado,
é um século achado,
em um segundo de atenção.
(Val Mello)
POLAROID
POLAROID
Saudades perturbadoras,
Que um artista emoldurou,
Representando o amor ,
Em imagem conservada.
Figura que dói na alma,
De quem só ouviu falar,
Mas ao dono da saudade
É um bálsamo que acalma.
A aquarela nos olhos,
Distingue luzes e cor.
E até uma céu de esplendor,
Se encontra sibliminado.
Feito um alívio pra dor,
Dessa saudade danada,
Trago na mente a lembrança
E uma foto emoldurada.
Sem medo ou superstição
Canto o mato em meu consolo,
Canto de alegrias e choros
Poemizando o sertão.
Cai a tarde e canto a lua,
Referencio a fotografia
O que pra muitos é agonia,
Pra mim é beleza crua.
Val Mello
Saudades perturbadoras,
Que um artista emoldurou,
Representando o amor ,
Em imagem conservada.
Figura que dói na alma,
De quem só ouviu falar,
Mas ao dono da saudade
É um bálsamo que acalma.
A aquarela nos olhos,
Distingue luzes e cor.
E até uma céu de esplendor,
Se encontra sibliminado.
Feito um alívio pra dor,
Dessa saudade danada,
Trago na mente a lembrança
E uma foto emoldurada.
Sem medo ou superstição
Canto o mato em meu consolo,
Canto de alegrias e choros
Poemizando o sertão.
Cai a tarde e canto a lua,
Referencio a fotografia
O que pra muitos é agonia,
Pra mim é beleza crua.
Val Mello
CURA ADORNADA
🎶🎵🎶🎵🎶🎵🎶🎵🌻🌻🌻🌻🎶🎵🎵🌻🎵🎶🌻🎵🎶🎶🎵🌻🎶🎵🌻🌼🌼🌼🌻🎵🎶
CURA ADORNADA
🌼
Corpo em cruz dizendo:
Vêm.
Entre olhos acolhedores,
Conforto apoio e descanso,
Dois membros lembrando um manto
Calmante dos dissabores
Perdão das duras palavras,
Silêncio gritando amor.
Luxúria dando espaço ,
À fala dos corações.
Peito com peito em encontro,
Rostos grudados em pausa,
Repouso dos pensamentos
Conversa longa das almas.
Vertiginoso momento
Usando as mãos como laço.
São traços dos sentimentos
Desenhado em terno abraço
quarta-feira, 23 de outubro de 2019
ARQUÉTIPO
ARQUÉTIPO
Para não perder o ponto,
Nem o compasso da dança
Me tranço por entre linhas
Que o destino costurou.
A música vem como cura,
Fechando assim os buracos.
Restaurando o pano da vida,
E até da lembrança ferida,
Tecem fios de emoção.
Na tela de um morim
Ou na maciez do cetim
Exposta, nua e calma.
Bordando as realidades
Pintando com poesias
Retalhos soltos da alma.
Val Mello
Para não perder o ponto,
Nem o compasso da dança
Me tranço por entre linhas
Que o destino costurou.
A música vem como cura,
Fechando assim os buracos.
Restaurando o pano da vida,
E até da lembrança ferida,
Tecem fios de emoção.
Na tela de um morim
Ou na maciez do cetim
Exposta, nua e calma.
Bordando as realidades
Pintando com poesias
Retalhos soltos da alma.
Val Mello
AMPULHETA
Sob o fado do tic-tac
Sob infinita ansiedade
Olhos atentos aos segundos
Na rotação dos ponteiros
Com sinais de eternidades
Preso à necessidade
Do toque, do encontro, do cheiro ,
O tempo vira um mártir
Dos relativos minutos,
Teimosos a estacionar.
Noites longas de espera
manhã de preparação
Sonho acordado com o abraço
De dezessete horas ou mais.
Val Mello
ÓSCULO
ÓSCULO
Pouso, abrigo e conforto,
Incessante vontade ardente.
Aos olhos de quem refuta
Há pecado e maldição.
Ao prazer de quem o sente
É liberdade e salvação.
Carne sem gênero
Fresta macia
Princípio da luxúria .
A fala que cala,
A alma que grita
Lábios brigando sem fúria.
Sedução entre salivas
De corpos que silenciam,
E entre bocas se aspiram,
Sob olhares inflamados,
Pelo furor de um gesto
O beijo é um portal
De quem fulgura o AMOR.
Val Mello
Pouso, abrigo e conforto,
Incessante vontade ardente.
Aos olhos de quem refuta
Há pecado e maldição.
Ao prazer de quem o sente
É liberdade e salvação.
Carne sem gênero
Fresta macia
Princípio da luxúria .
A fala que cala,
A alma que grita
Lábios brigando sem fúria.
Sedução entre salivas
De corpos que silenciam,
E entre bocas se aspiram,
Sob olhares inflamados,
Pelo furor de um gesto
O beijo é um portal
De quem fulgura o AMOR.
Val Mello
FERMENTADOS
"Preso às vinhas
Como animais em gaiolas.
Humanos acrobáticos
Dependurado extraindo seus sulcos.
Entrelaçados como em parreiras,
Amantes se amando entre gritos sussurros.
Sob efeitos das uvas já fermentadas,
Por bênçãos de Baco ou Dionísio,
A clara felicidade é obscena.
Até as lágrimas que lavam a face,
É resultado do vinho que vira poema "
(Val Mello)
Como animais em gaiolas.
Humanos acrobáticos
Dependurado extraindo seus sulcos.
Entrelaçados como em parreiras,
Amantes se amando entre gritos sussurros.
Sob efeitos das uvas já fermentadas,
Por bênçãos de Baco ou Dionísio,
A clara felicidade é obscena.
Até as lágrimas que lavam a face,
É resultado do vinho que vira poema "
(Val Mello)
Mente que pulsa
"Uma razão amarrada,
por neurônios conectada.
Nas mãos do equilibrista,
que trança curas coronárias
Pela emoção dos sentidos.
Assim pensa um coração
por neurônios conectada.
Nas mãos do equilibrista,
que trança curas coronárias
Pela emoção dos sentidos.
Assim pensa um coração
de um cérebro que pulsa
quinta-feira, 19 de setembro de 2019
MEUS NARCISOS
Colei um
poema narcísico
Nas têmporas
de minha vida
Passei achar belo o físico
Que o
espelho me mostrou
Desisti de
cortar os pulsos
Inventei um
novo impulso
E até colori
os cabelos
Recriei o nó
da gravata
Fiz dela um
laço e me embalei
Dei-me de
presente a mim.
Encontrei
com a liberdade
De nem
sempre dizer sim
Das definições
que ouvi
Nenhuma me
descreveu
Puta, facinha,
vagaba
Louca, oferecida,
devassa.
Mas quem não
conhece licença
Consentimento
e autorização.
Vai passear
pela dúvida
Reverberar o
achismo
Desmerecer o encantos
De quem ama,
quem sabe se amar.
Nestes
narcisos de idéia
Embriago-me
de certezas
Que eu posso
ganhar o mundo
Na briga pelos
espaços
Sou mais uma
nesta disputa
Invadida por
vontades
O que tu chamas
loucura
Eu me atrevo
e chamo de luta
Val Mello
sábado, 14 de setembro de 2019
GUARDIÃ DOS VAZIOS
Carnes abertas e em cortes
Muros barreiras e pontes sem suporte
Calos cansando a alma
Almas calando a morte
Sonhos desassistidos
Muito esforço e pouca sorte
Retalhos de mil paixões
Viagens sem um transporte
Com certezas por um fio
Mergulhei em correntezas
Dos amores quem me afundaram
E dos desejos inundados
Vi este mar virar rio
Sem topar os desafios
De correr pra novos mares
Por medo ou por receio
Me guardo e me resguardo
Em meus tanques vazios.
Val Mello
sexta-feira, 6 de setembro de 2019
DITA DURA
Quanto tempo dura ,
A ditadura da dita dura?
Se não o tempo de matar de prazer
ou morrer de tesão pelo caminho
Se não o tempo de amolecer num ninho
Onde a bendita é mal dita quando não dura dura.
A ditadura da dita dura?
Se não o tempo de matar de prazer
ou morrer de tesão pelo caminho
Se não o tempo de amolecer num ninho
Onde a bendita é mal dita quando não dura dura.
UM ACHADO
Fiz um assalto a dedos armados
Me roubei ouros de prazer
E diamantes de desejos
Não furtei minha vontade
E em lasciva invasão em mim
Vibrei, entre uivos e tremores
Com volúpias e despudores
Deixei escorrer entre pernas
Líquidos viscosos e escondidos
Em tatos descobrir contatos
E o prazer de estar comigo
Nem as andanças
Das madrugadas surubais
Nem a fugidinha com o amigo
Nem o amante
com seus calores animais
Pulando a cerca
No prazeroso perigo
Não foram capazes
De decodificar meus códigos
Como fizeram minhas digitais
Que caminha desde o umbigo
Me fazendo chegar ao céu
E nos tesouros do meu mel
Encontrei em meu abrigo
Conforto pra relaxar
Onde tu ainda perdido
Esmola pra penetrar.
Me roubei ouros de prazer
E diamantes de desejos
Não furtei minha vontade
E em lasciva invasão em mim
Vibrei, entre uivos e tremores
Com volúpias e despudores
Deixei escorrer entre pernas
Líquidos viscosos e escondidos
Em tatos descobrir contatos
E o prazer de estar comigo
Nem as andanças
Das madrugadas surubais
Nem a fugidinha com o amigo
Nem o amante
com seus calores animais
Pulando a cerca
No prazeroso perigo
Não foram capazes
De decodificar meus códigos
Como fizeram minhas digitais
Que caminha desde o umbigo
Me fazendo chegar ao céu
E nos tesouros do meu mel
Encontrei em meu abrigo
Conforto pra relaxar
Onde tu ainda perdido
Esmola pra penetrar.
CIOS.
Escondida numa razão
que desobedecem meus instintos
Aqueles que libertam
Ao simples sussurro de tua voz
Nem precisamos esta a sóis
Ou debaixo dos lençóis
Para que líquidos quentes escorram
Desejando afogar-se nos seus
Acompanhada de sons autorais
únicos, específicos, sensoriais
Cada um com seu jeitinho
Entre as manha e artimanhas
Há sempre um que mais arranha
E outro que geme mais.
Libertinos em suas overdoses de ardores
Desistindo da desardênciar
Realizando-se sozinho
Ou a dois ou a três
Ou muitos de uma só vez
Sem amarras racionais
Feito tantos animais
Dando adeus a tal razão
Há suores que escorrem
só no furor do pensar
Labaredas em genitálias
Dispensam argumentação
E só se apaga tais incêndios
Sob banhos mornos do cio .
quarta-feira, 28 de agosto de 2019
CAIXAS DE CONCRETO
No tumulto das avenidas
Olho palco dos automóveis
Tantos olhos que não se vêem
Em correrias indefinidas
Palavras com seus ruidas
Respostas de silêncios universais
Atrás do pão feito zumbis
Sombras de homens, sobras canibais
Os solitários e seus açoites
São saciados pelos desejos
Aos fins de tarde e cair de noites
Muitos falantes, nada de ouvintes
Dentro das caixas de concretos
São solidões fazendo brindes.
Val Mello
Olho palco dos automóveis
Tantos olhos que não se vêem
Em correrias indefinidas
Palavras com seus ruidas
Respostas de silêncios universais
Atrás do pão feito zumbis
Sombras de homens, sobras canibais
Os solitários e seus açoites
São saciados pelos desejos
Aos fins de tarde e cair de noites
Muitos falantes, nada de ouvintes
Dentro das caixas de concretos
São solidões fazendo brindes.
Val Mello
INDOMÁVEIS
Alguns seres nunca serão domados
Mordaças não impedem desejos
Não confundas Liberdades com iniquidades
Nem corpos lascivos com obsessões ou ensejos
Gritos para que calem
Não dominam pensamentos,
Lampejos de santidade
Não tira do mundo libido
Há mentes que enlouquecem
Sem as concupiscências da carne
E outras se sanificam
Com o que a moral se enfurece
Alguns seres nunca serão domados
Uns por se contraporem
e eu por me permitir.
Val Mello
Mordaças não impedem desejos
Não confundas Liberdades com iniquidades
Nem corpos lascivos com obsessões ou ensejos
Gritos para que calem
Não dominam pensamentos,
Lampejos de santidade
Não tira do mundo libido
Há mentes que enlouquecem
Sem as concupiscências da carne
E outras se sanificam
Com o que a moral se enfurece
Alguns seres nunca serão domados
Uns por se contraporem
e eu por me permitir.
Val Mello
quarta-feira, 14 de agosto de 2019
Pérolas ruivas
SE A PÉROLA SAIU DO MEU OSTRACISMO, EU ESCOLHO A COR.
Cuidado com a ruiveza
Com essa cor que incendeia,
Mora nas solércias de Hera,
Ou nos fascínios de sereia.
Mira pérolas quando ama
E pérolas ruivas, quando odeia.
É um jóia quando explode,
E um rico baú quando freia.
Excêntrica pra ser rainha
Mas formadora castelos.
Diferente uva nas vinhas,
De sabor aos seus afins
Dissabor de seus abjetos
Pérola ruiva escolhida,
Ruborizada e escondida,
Atabulando percalços
Por cores e poemas de telúrica acidez.
Imparidades da vida,
Enriquece os afrontos
Que outras damas por praxe
Não ousam vociferar.
Sob o fulvo fio colorido,
Fulgura pérolas de lábaro quente
Em seus oceanos de expressões.
Val Mello
terça-feira, 13 de agosto de 2019
Dia 12: De Flor e De Frutas
(Jorge Ventura)
Porque eu colho aromas
desde o dia em que eclodiste
em flor para mim.
Lembro-me da primeira vez:
afoitos,
germinamos sementes
a poucas horas de a poesia
verdejar num plantio de egos
Mas aquele dia nasceu tão “Eros”
feito os dias que começam
com um simples café da manhã
e terminam em tardes fecundas
de vontades noturnas
Permitiste
enraizar-me em teu íntimo
em teu sexo solar e frutífero
Senti o cheiro
de terra úmida de chuva
e provei do teu sabor
qual morango e uva
à época da boa colheita
Hoje – humilde agricultor –
cultivo delícias no teu rico pomar de prazeres
(Jorge Ventura)
Porque eu colho aromas
desde o dia em que eclodiste
em flor para mim.
Lembro-me da primeira vez:
afoitos,
germinamos sementes
a poucas horas de a poesia
verdejar num plantio de egos
Mas aquele dia nasceu tão “Eros”
feito os dias que começam
com um simples café da manhã
e terminam em tardes fecundas
de vontades noturnas
Permitiste
enraizar-me em teu íntimo
em teu sexo solar e frutífero
Senti o cheiro
de terra úmida de chuva
e provei do teu sabor
qual morango e uva
à época da boa colheita
Hoje – humilde agricultor –
cultivo delícias no teu rico pomar de prazeres
segunda-feira, 29 de julho de 2019
QUINTO ELEMENTO
O dançarino é um poeta.
Talvez, maior de todos
Usa o corpo como caneta
Para escrever frases da alma
Na ponta dos pés, asas invisíveis
Alçando voos por tantos mundos
Passos marcados e rodopios
Faz sua imagem um desafio
Chegar ao céu, sem sair do chão.
Seu corpo, transpira tons
acordes, notas e mil refrães
Declama versos metrificados
Com sapatilhas, ou pés descalços
Canta com o corpo, riscando o chão
Fazendo rimas movimentadas
Faz de sua carne um verbo à parte
No espírito habita a poesia.
O dançarino é um poeta
Se faz poema em melodias.
Val Mello
ME FIZ DANÇA I
Danças, são poemas,
que libertam o corpo do corpo,
Escrevendo com movimentos,
Coreografias da vida.
Danças, são aplausos ,
Do corpo para o corpo.
É a rendição da alma.
É desfazer par com os traumas.
É consagrar-se a si.
(Val Mello)
ALTO PREÇO
Alto foi o preço
De uma autoproteção
Coração endurecido
Carente de um recomeço
Intuindo o inexistente,
Sentimentos sufocados ,
Sonhos desabrigados,
Colheitas ilusórias
De prazer e sedução.
Caminhos mal traçados,
Sem voltas e sem ninho.
Entre vontades furtadas
Desejos indesejáveis
Encontrei um ser camuflado,
Mas inteiro, para ainda amar demais.
PALAVREIRO
Palavras desaparecem,
Ou se transformam em preces
Quando um amor é encontrado .
Palavras se fazem músicas
Sob tons de um silêncio .
Nem a carne que implora,
Nem a alma que espera,
Sabem escrever o poema
Sobre o dito "sentido de amar"
Sem versos para o papiro
Sem palavras, emudeço
Porque não cabem nos livros
A conta dos contos
Que um coração pode contar.
(Val Mello)
SOLIDÕES
Tanta gente que se olhava e não se via,
Tantos passos apressados sem destino,
Palavras que maldiziam ou bendiziam
Refrões que se cantava sem dizer nada.
Parado para ouvir os muitos,
Que pouco ou nada se escutavam,
Deparado a solidões universais,
Daqueles que precisam falar,
Daqueles que querem se dar,
Daqueles que se resguardam em silêncios colossais,
Querendo, mas sem saber o que dizer
Diante dos solitários que falam demais.
(Val Mello)
segunda-feira, 24 de junho de 2019
LENÇÓIS
**************
Acordei entre os lençóis vazios,
Cheirando a abraço quente.
No corpo, um intenso desejo,
Na mente, uma lembrança,
Na boca, o doce do beijo.
Não foi sonho, a lua viu.
E ela diminuia,
À medida que preenchia
Nossa paixão secular.
E não há mais testemunhas,
Apenas o vento e o tempo,
Tentando acertar os ponteiros
De um tempo muito distante
Que se chega transportado
Por música ou regressão.
Entre os lençóis vazios
Cheirando a nós, sem ter nos visto.
Grito para o infinito,
Que estamos do lado de dentro.
Em um mesmo pensamento.
Ligados pela eternidade.
(Val Mello)
quarta-feira, 22 de maio de 2019
TRANSCENDÊNCIA
..............................................
Cruzamento de olhares
Entreganm os seus segredos
Levam mentes a perguntar
Quem procuras na multidão.
E o encontro de almas
Entre olhos se abraçam
Lembram tempos e histórias
Que este tempo não escreveu.
Transcendencias das vidas,
Que quando estão bem perto
Precisam se ter de longe
Para que o mundo não perceba,
Que sempre estivemos juntos.
(Val Mello)
terça-feira, 21 de maio de 2019
TENOR
Foto: Eduardo Reis |
TENOR
Um sopro que faz soar,
um timbre tão agudo
vindo em ondas tão suaves.
Precisamente, és digno
Da destreza de quem percebe almas,
Da beleza de um musical sensível,
Entoando a melodia
Ecoante teu ser
Tua voz é um acorde envolvente
Celebrando a vida
Acalmando a alma
Fertilizando a mente.
(Val Mello)
quarta-feira, 15 de maio de 2019
BATOM
É um misto de segredos,
Que transforma toda mulher.
É expressão de beleza,
E até desacato à fé .
Mexe com sentidos mortos,
Mexe com a repressão,
Mexe com os comprometidos,
Causa ciúmes na multidão.
Escorrega entre os lábios,
Nos faz despertar muitos dons,
Nem quem usa, sabe explicar,
O poder de um batom.
(Val Mello)
terça-feira, 14 de maio de 2019
UM MAR, UM VIOLÃO E ELA
Foto: Arquivo de Internet |
O mar um abrigo
O violão um amigo
São três e trinta da manhã
E já nem sei pra onde vou.
Se sigo bem lento
Ou se volto correndo
Tentando alcançar
O que me escapa das mãos.
E a liberdade?
De ser eu de mim,
E abandonei
Em nome não sei
De uma fugaz companhia
Pergunto ao mar
Que ainda é meu guia
Quantas notas eu teço
No meu vilão
Por esta mulher
Que não sei se me quer
Que mesmo tão lacônica
Me amarra a seus pés
(Val Mello)
O AVESSO
Ontem chorei por você
Hoje, eu quero seu fim
Amanhã quem sabe
A maldita saudade
te rasgue o peito
E tu se lembres de mim
Na estrada eu sigo
Sozinha,
em delírios
Tirando um som
um sol de amar
E tu se lembres de mim
Na estrada eu sigo
Sozinha,
em delírios
Tirando um som
um sol de amar
que não cabe seu sim
Quem sabe num abrigo
de um colo desconhecido,
vou acordar iludida
Quem sabe num abrigo
de um colo desconhecido,
vou acordar iludida
travando batalhas sem fim
Mas que fim?
Senão um avesso
De um verso incerto
De um blues ou bolero
De um samba sem bamba
De um dito poema
Sem rima nem lema
De um quero ou não quero
De um porre certeiro
De um choro ligeiro
Pronto pra recomeçar
De um quero ou não quero
De um porre certeiro
De um choro ligeiro
Pronto pra recomeçar
acordei sozinho
na beira mar
(Val Mello)
(Val Mello)
AQUELA MENINA
(Arquivo de Internet) |
a noite eu abraço
Vou de bar em bar
atras de um bem
Que um dia eu fitei.
Vou de bar em bar
atras de um bem
Que um dia eu fitei.
Não sei o eu nome
Nem de onde vem
Se tu és sozinha
Ou se tem alguém.
Nas ruas e esquinas,
eu busco encontrar,
A dama menina
com olhos de mar
eu não estava só
Nem de onde vem
Se tu és sozinha
Ou se tem alguém.
Nas ruas e esquinas,
eu busco encontrar,
A dama menina
com olhos de mar
eu não estava só
no instante ligeiro
Nem lembro quem era
meu par passageiro
o tempo fechou
Seu vinho acabou
Partiu foi embora
meu par passageiro
o tempo fechou
Seu vinho acabou
Partiu foi embora
sem nada dizer
tua face molhada
me olhou e saiu
Meu mundo chorou e sorriu
fiquei na esperança
de um dia te ver
Vou de bar em bar
Atrás da menina
Que mesmo chorando
Me fez encantar
Val Mello
Vou de bar em bar
Atrás da menina
Que mesmo chorando
Me fez encantar
Val Mello
VELADA ALFORRIA
Vivi e vivo uma fantasia
Talhada nos livros de história
Registrando em minha memória
Essa forjada alforria
Não foi por benevolência
Não foi um presente real
Foi pressão, luta e resistência
Ante tanta violência
Que ao algoz era legal
Lei Áurea não libertou
Apenas soltou corrente
Mantendo um povo carente
Dependente de um Senhor
Que aboliu o literal tronco
Mas a senzala se fez presente.
Herdamos o chicote que mata
O preconceito e o racismo
Em nossas mentes.
Embaixo deste tapete
Ainda há muita indecência
Parece não queremos ver
Q vivemos a demopseudo
O País ainda não é de povo livre
O País ainda respira o feudo.
(Val Mello)
Texto inspirado em versos da na música "Peixes" de Juliano Ode
segunda-feira, 13 de maio de 2019
FEUDO
Não tenho um país do povo
Eu tenho um país do feudo.
Não há limite para o roubo,
Não há prisão para o patrão
A sua mala carrega o luxo,
ceroulas carregam dólares,
Notas frias foram lavadas,
Esvaziando meu bucho.
Não há aterro para tanto lixo
Que se produz num quadriênio
Não sobra povo para tantos vermes
Que se alimentam do seu suor
Escravidão e feudalismo
Ainda são a melhores rendas
Hoje chamam de emendas
O tronco com amparo legal
(Val Mello)O tronco com amparo legal
Releitura de alguns versos da música "peixes" de Julyano Ode.
quarta-feira, 8 de maio de 2019
MEUS IMPOSTOS, POR UM WHISKY VERDADEIRO
Meu imposto está em dias
Minha carteira está vazia
E minha alma até implora
Por direito a ter direito
A prazer e boemia.
Hoje só queria uma companhia
Paro num bar ouço um blues
Lavo a garganta com Whisky
Beijo alguém que ali me olha
Querendo saciar do meu cio.
Mas me sinto um imbecil,
Gastando o que não tenho.
Eu reclamo do sistema
E só vejo o 'venha a nós'.
Me emputeço com as pessoas
Que tudo aceitam numa boa,
Que justificam novas cagadas
Com as velhas trapalhadas,
Encubadas ,
Delatadas
Por prisões domiciliar trocadas.
Acho que vou me embriagar
Tirar um som da guitarra
No meu quarto sombrio
No meu escuro preenchido de vazio
Depois... um sono sutil.
Já são seis da manha.
Acordo na puta ressaca
Da falsificação barata
Do Whisky que tinha gosto de cachaça.
É inverno e está frio
Mas é hora do desfio
Trabalhar pra parlamento sustentar
Trabalhar para lamento.
O mês logo se finda
Há impostos pra pagar
(Val Mello)
TODA MÃE É POEMA!
Eu queria fazer o melhor poema
Com esta palavra pequena
Que embelezasse essa flor,
Que explicasse sua compreensão
Que se traduz em amor
Que revelasse a magia
De uma mãe por sua cria
Este ser que traz na alma
O significado da Calma
E o alívio da agonia
Eu queria fazer o melhor poema
Sobre este este anjo que cuida de mim
Que não importa a minha idade
Serei criança até o fim
Eita anjo mais que fiel
Batizado só com três letras
Nome doce feito mel.
Deve ser traquinagem divina
Explicando que Mãe
É do tamanho de céu.
Eu queria fazer o melhor poema
explicando seu poder
De sem diploma , ser doutora
Ser professora sem saber ler
De ser criança pra agradar
Se eu tiver com quem brincar
É curandeira e adivinha
Parece ler pensamentos
E se ver o filho chorar
O seu colo é o firmamento.
Eu queria fazer o melhor poema
Pra explicar com destreza
Com quem parece esta criação
Protege a cria feito onça
É mais forte que um leão
enxerga como uma águia
Fareja feito um cão
É sensível como as borboletas
Que se metamorfoseiam
Mas faz no filho a transformação.
A sua , eu não sei
Mas minha mãe era mágica
Curava joelho ralado
Com sopro, carinho
E beijinho demorado
E hoje eu crescidinha sei,
Ela é magica com certeza
Cura as dores da alma
As solidões e os traumas
As frustrações e tristezas.
Mae, só queria escrever o melhor dos meus poemas
dedica-los a ti
Explicar tua sabedoria
A tua arte em dividir
Tua capacidade de somar
E de dor diminuir
Até atriz você é
Interpreta e sabe fingir
Pra não ver seu filhote
Preocupado, ou sem sorrir
É terapeuta da vida
É militante, é exemplo de resistir
Nos transforma em estrela
Antes de um dia partir
Eu sei que não consegui compô
O melhor poema de amor
Que traduzisse o que sinto
Aqui dentro do peito
Apenas, aprendi dizer
Que mãe, é a palavra mais doce
E que seu amor é mais que perfeito
(Val Mello)
Poema dedicado a minha mãe Maria da Guia.
terça-feira, 7 de maio de 2019
BRINCANDO DE CORDEL 1: O Sorriso
O sorriso é a linda curva
que nunca dói encurvar
É a cura de muitos males
É a gratidão no olhar
É a palavra perfeita
Quando a boca não pode
Ou então não quer falar
Eu sorrindo digo sim
É um OK a qualquer um
Um sorriso cura mágoa
Um sentimento igual a nenhum
É a concordância do incerto
Riso frouxo, riso aberto
Riso tímido ou riso comum
Eu sorrindo digo sim
E encerro de vez qualquer briga
Esteja de mal o casal
Esteja de mal com amiga
Eu sorrindo digo sim
E fecho de vez a ferida
A medicina ensina
Que rir é o melhor remédio
Seja de si ou do outro
Seja do humor ou do tédio
Sorria que a vida é criança
Entre de vez nessa dança
Se jogue, é um privilégio.
Quando o mundo acarrancar
Quando mal humor persistir
Dê ao mundo o lhe falta
Ensine o outro a sorrir
Pois quanto mais sorrido dado
é mais amor aumentado
É menos fardo em ti.
Lembre de quem gargalha
E tente gargalhar também
Ria alto, com vontade
Isso não mata ninguém
Vão até achar engraçado
Você rindo feito louco
Irão rir de você
E isso cresce aos poucos
O riso vai virar corrente
E você curará os doentes
Presos no silêncio rouco
O sorriso é tão genial
Que marca qualquer lembrança
Pois dos tempos da meninice
La dos tempo de criança
É o sorriso que guardamos
Do paquera, do amigo,
Ou do ente que nos deixou
Só registramos essa curva
Cheia de dentes e nada turva
O sorriso na memória é que ficou
Eu sorrindo digo sim
e vivo em harmonia
Pois mau humor e cara feia
Deixam a vida vazia
Eu sorrindo digo sim
E hoje e sempre quero pra mim
Teu sorriso de companhia
(Val Mello)
sexta-feira, 12 de abril de 2019
MEU SALTO É MEU REPOUSO.
Os dias parecem intermináveis ,
Mas as horas parecem insuficientes.
O cansaço me cobre o corpo
O suor escorre no rosto
O stress fervilha na mente.
A maquiagem vira o escudo
Das noites que passo em claro.
O batom é o para-raios
Que enfeita o sorriso largo,
De quem pouco descansou
As meias sempre tão sex
Se faz de segunda pele.
Um hábito para cobrir.
Um corpo preste a cair,
No dito julgar social
Cansada sempre desfilo,
feito pluma em ventania.
A vida me desafia,
Mas faço dela meu palco.
Entre batalhas perdas e ganhos
Encontro o repouso estranho
Em cima dos saltos altos.
(Val Mello)
sexta-feira, 5 de abril de 2019
CUIDADO COM ELA
Cuidado com ela,
Aquela que é livre
E que se ama
E que se ama
Que usa salto alto
Que desfila feito dama,
Mas que da chave de coxa,
E não é qualquer um trouxa
Que repousa em sua cama
Cuidado com ela
Que nunca quis ser Cinderela,
Nem casar com seu amado.
Ela prefere um amante,
Que lhe faça suar bastante,
Mas só
quando for chamado
Cuidado com ela,
"Que se metamorfoseia
As vezes vira Hera
As vezes é sereia"
As vezes ela explode
As vezes ela freia.
Quase sempre ela ama
Mas cuidado quando ela odeia
Cuidado com ela
que te pariu.
E quando retornares a portinha
Igual a de onde você saiu
Faz um favor pra você
Vá com calma e seja gentil
Pois a racha
Que te encaixa
Tem vontade própria
Não seja mais um que se acha
Pois a cobra da tua carne
Troca-se pela de borracha.
Posso buscar no Tinder
Ou em qualquer esquina
Então trate bem minha menina
Pois se é dona da cobra
Eu sou
a própria serpente
Se tocar a flauta direitinho
Subo e desço com carinho
Livre solta e saliente
Só pra ficar bem lembrado
Tenha cuidado com ela
Que geme sem ter vontade.
Mas se tiver atenção
Mas se tiver atenção
O gemido vira verdade
E o coração lateja entre pernas,
O nome disso é tesão.
Aproveitem enquanto dura
Mulher livre não é loucura
Se deixe invadir e invada
Encare essa aventura.
Acione devagar o botão,
Ame a fêmea que se ama
Pois só
de pensar nesta dama
Uhuuu
Já me bateu um calorão.
Val Mello
(Algumas frases entre aspas do poema, são baseados em em um texto Elisa Lucinda "Aviso da Lua que menstrua)
quarta-feira, 27 de março de 2019
NUDES DA ALMA
Sem Mac ou batom vermelho ,
Cara limpa e alma solta,
Me sobra tempo e lembranças.
Talvez algumas cervejas,
ou alguns goles de vodka,
Com um cigarro sem marca,
Me faça viajar no tempo,
Tentando o tempo parar,
Na busca do esquecimento
De um presente a virar passado,
Na vida que segue seguida.
E ja que vida é uma poesia.
Sempre valerá apena.
A dor que me explode hoje,
Amanhã será um poema.
(
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019
LUZ, CÂMERA, AÇÃO!
FOTO: Eduardo Reis |
Vejo a vida como um cinema
E para não perder o poema
Cada um reflete a luz que tem.
Sob holofotes ou maquiagens
Ou em bastidores de vida verdades
Todos atuam com o texto que convém
Ou em bastidores de vida verdades
Todos atuam com o texto que convém
Cada sorriso estampado
Cada palpitação que me vêm
Cada choro derramado
São emoções que refletem meu além
Cada palpitação que me vêm
Cada choro derramado
São emoções que refletem meu além
E se nas telas virares estrela
Se obrigue na vida ser constelação
Faça do seu feixe de luz própria
O facho de luz da sua missão.
Se obrigue na vida ser constelação
Faça do seu feixe de luz própria
O facho de luz da sua missão.
Val Mello
CAFÉ
foto: www.jornalfato.com.br/cultura/cafe-com-poesia |
Amores da minha vida.
Café para acalmar-me
E para evitar irritação.
Café de manhã,
de tarde de noite,
Antes do porre E pra evitá-lo ,
Depois do porre, para curá-lo.
Café pra tirar meu sono
E até antes de dormir.
Café com o amigo,
Café com desconhecido
Quer me ver feliz me chama para um café
Quer que eu me sinta amada
paga meu café
Resumo do meu dia como é?
- Inteiro movido a café
(Val Mello)
FÊMEA
Entre a doçura e acidez
Entre a loucura e a razão
Entre o que eu quero e que quereis
Sou teu pecado e salvação
Entre a loucura e a razão
Entre o que eu quero e que quereis
Sou teu pecado e salvação
Entre eu olhar e ser bem vista
Há tantas regras pra eu seguir
Entre o desejo e a conquista
São tão calos a me punir.
Há tantas regras pra eu seguir
Entre o desejo e a conquista
São tão calos a me punir.
Entre minhas vestes e minha nudez
há tantos contos e mil tabus
Entre meu grito ou timidez
Sobram feridas aos urubus
há tantos contos e mil tabus
Entre meu grito ou timidez
Sobram feridas aos urubus
Entre meus lábios sempre molhados
Em meu olhar ja penetrante
Me mostra culpa como pecado
Desfaz em mim o meu gigante
Em meu olhar ja penetrante
Me mostra culpa como pecado
Desfaz em mim o meu gigante
Meu peito sangra, por repressão
Me faço em partes, pra nao cair
Desço ao inferno da opressão
E me remonto pra ressurgir
Me faço em partes, pra nao cair
Desço ao inferno da opressão
E me remonto pra ressurgir
Porque meu ouro, é Minha beleza
Mas minha atitude é diamante
Não quero posto de uma princesa
Mas ser rainha dentre as amantes
Mas minha atitude é diamante
Não quero posto de uma princesa
Mas ser rainha dentre as amantes
Entre soluços, eu me recrio
Refaço a vida como ela é
Sou carne forte, sou ser no cio
Sou luz da vida, eu sou MULHER.
Refaço a vida como ela é
Sou carne forte, sou ser no cio
Sou luz da vida, eu sou MULHER.
ASAS...
Não sei pq, mas hoje acordei diferente.
Sem batom vermelho de Sempre,
Sem filtro sem maquiagem...
Apenas munida de uma nova vontade,
Vestida desse manto que brilha
Chamado LIBERDADE !!!
Sem batom vermelho de Sempre,
Sem filtro sem maquiagem...
Apenas munida de uma nova vontade,
Vestida desse manto que brilha
Chamado LIBERDADE !!!
PSEUDO SALVADOR
E um punhado vaidade
Basta que peçam desculpas
Basta ter a afinidade
Basta que suba de cargo
Pra esquecer dignidade.
Em gesto frios e macabros
Em nome da honestidade
Vemos surgir as verdades
De um pseudos lutador
Moralistas e cauteloso ,
Com canudo de doutor
O falso juiz salvador
esquece seu juramento
Basta dinheiro e a amizade
sem menor constrangimento
Assume cumplicidade.
e dos leões, se faz jumento
só Basta que o ilegal
Pertença a sua panela
Ponderará o imoral
Evitando parar em cela
Sela somente ao povo
entregue às esparrelas
homens em sua defesa
O gado que nada ver
diria: equino prendado
páreos do desconhecer
Sendo sempre o perdedor
Pastando até morrer.
Não basta mudar de ideia
mudar as regras do jogo
Já que é fácil enganar
Pra que se explicar de novo
Trata povo como asno
e mente ser sangue novo
ha prazer no seu deboche
Não há minuto de engasgo
Pra proteger os fantoches
A toga que engana os fracos
lustrosa e juramentada
É mesma a guarda os fortes.
É mesma a guarda os fortes.
Camisa Verde amarela
da pátria armada ferida
verdades de currutelas
Põe-se povo contra artista
agoniza o progresso
na pátria separatista
(Val Mello)
FORÇA DAS MATAS
Carrego n'alma
a força dos ventos
O cio do pensamento
E a firmeza da terra
Me entrego a vida
Como os rios ao mar
Me fortaleço nas matas
E me recarrego ao sol
Repouso como animais
Em camas feitas de folhas
Em rizomas me confundo
Refaço meu novo mundo
Reorganizo as escolhas.
Sob um céu de sol ou luar
Recrio a fonte de viver
Ativo as energias
Dos deuses da natureza
Me faço morada de deusa
Me recrio um novo Ser.
(Val Mello)
terça-feira, 8 de janeiro de 2019
PIPA
Foto: Aquivo de Internet |
PENSAMENTO intenso
nos homens se que se dissipam
Que neste momento você se entregue
Aos desejos que em ti existem
E se o mundo os vê profanos
mande beijinhos para os humanos
E voe feito pipa pelo céu
Dando asas ao ser poder
E com a mente em paraquedas
Aberto para pensar.
Vire pipa e olhe mar
pois tudo que está entre vocês
É vento
Basta seguir sua direção
VÁ!!!!
(Val Mello )
" Eu nunca soube o que eu queria ser
a única certeza que sempre tive, é que a LIBERDADE de ser e de pensar
é o melhor corrente carcerária de se viver."
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