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GENTES GRANDES

Onde foram morar os sonhos? E as doces frases da infância? A ilusão de criança? E o futuro promissor? Gentes Grandes... Nas abundantes insônias Com um sonhar ainda "não pecado" Entre apontadores atirados. Um condenado, ocioso por sonhar. Gentes grandes prendem sonhos Libertam  gentes sonâmbuas Val Mello

SÓ POR HOJE

Passos largos na estrada Transbordante amor entre-póros, Como se tudo, fosse pra ontem E doar-se não  fosse o bastante. Como se o rio já fosse o mar. Entregar-se sem ter licença À Vida em fio de navalha À Vida em busca da falha Ás falhas  da existência. Só  por hoje me amarei, Só por hoje serei feliz, Só  por hoje a vida não para E que amanha seja mais um vez, Só  por hoje. Val Mello

DELÍRIOS

Alguns dias são tão pesados Alguns passados tão presentes Alguns presentes tão distantes Alguns futuros apenas sonhos. E tudo vira criança E tudo vira infância E se canção estiver certa "Os sonhos não envelhecem." Val Mello

SILÊNCIOS PARALELOS

De que valem as armaduras Se a alma já estar atingida Por palavras metralhada Por frustração engolidas O falar engasga o choro E o soluço fica pra outra hora. Seguindo uma direção, Com um rumo talvez sem norte, Ouvir talvez um "boa sorte" Não afaga, mas revela. E quando se grita os  silêncios Encontra-se ali as respostas. Pronto! Foi-se o pranto, Armaduras recompostas Paralelos a moverem-se Nem sempre na mesma direção Val Mello

MIM ARTE

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Dose, Dupla, pintura. Necessariamente Nessa Ordem. O que é  a arte? Senão  inquietos segredos. Entregas de verdades Mundo real iludido E certezas confortantes. Val Mello

OPHIDIA

OPHIDIA Da presa que extermina, Brota antídoto da cura. Ainda encontro ternura Na dualidade maldita. Se um sibilar amedronta O gigante que a despreza Imagina, se a afrontas, E faz valer sua empáfia No torcer do seu rastejo Paralisa quem a olha. Sem precisão da visão, Desfila esguia onde passa. E em bifurcação lingual Diz ao vemoronasal O que há em sua estrada. Rotulada e sem cortejo Vive a vida envenenada , E aprumada em seu rastejo, Ou recolhida a suas voltas pode portar o último beijo Ao gigante predador. Val Mello

RELÓGIO DA ETERNIDADE

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"Quanto tempo dura o eterno? _As vezes apenas um segundo" (Lewis Carroll) RELÓGIO  DA ETERNIDADE. Das vontades  fulgurantes das esperas tenebrosas Contam-se em dedos as horas. e eterniza-se as paixões O tempo é  lépido, O tempo se veste da nudez. E construir o eterno, é  só um segundo talvez Fração de minuto é  tesouro contado com o que é  contido. Quarenta e três  minutos vividos, é um eterno sagrado, é  um século achado, em um segundo de atenção. (Val Mello)

POLAROID

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POLAROID Saudades perturbadoras, Que um artista emoldurou, Representando o amor , Em imagem conservada. Figura que dói  na alma, De quem só ouviu falar, Mas ao dono da saudade É um bálsamo que acalma. A aquarela nos olhos, Distingue  luzes e cor. E até uma céu de esplendor, Se encontra sibliminado. Feito um alívio pra dor, Dessa saudade danada, Trago na mente a lembrança E uma foto emoldurada. Sem medo ou superstição Canto o mato em meu consolo, Canto de alegrias e choros Poemizando o sertão. Cai a tarde e canto a lua, Referencio a fotografia O que pra muitos é  agonia, Pra mim é  beleza crua. Val Mello

CURA ADORNADA

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🎶🎵🎶🎵🎶🎵🎶🎵🌻🌻🌻🌻🎶🎵🎵🌻🎵🎶🌻🎵🎶🎶🎵🌻🎶🎵🌻🌼🌼🌼🌻🎵🎶 CURA ADORNADA 🌼 Corpo em cruz dizendo: Vêm. Entre olhos acolhedores, Conforto apoio e descanso, Dois membros lembrando um manto Calmante  dos dissabores Perdão das duras palavras, Silêncio  gritando amor. Luxúria  dando espaço , À fala dos corações. Peito com peito em encontro, Rostos grudados em pausa, Repouso dos pensamentos Conversa longa das almas. Vertiginoso momento Usando as mãos como laço. São  traços  dos sentimentos Desenhado em terno abraço

ARQUÉTIPO

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ARQUÉTIPO Para não perder o ponto, Nem o compasso da dança Me tranço por entre linhas Que o destino costurou. A música vem como cura, Fechando assim os buracos. Restaurando o pano da vida, E até  da lembrança ferida, Tecem  fios de emoção. Na tela de um morim Ou na maciez do cetim Exposta, nua e calma. Bordando as realidades Pintando com poesias Retalhos soltos da alma. Val Mello

AMPULHETA

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Sob o fado do tic-tac Sob infinita ansiedade Olhos atentos aos segundos Na rotação dos ponteiros Com sinais de eternidades Preso à necessidade Do toque, do encontro, do cheiro , O tempo vira um mártir Dos relativos minutos, Teimosos a estacionar. Noites longas de espera manhã de preparação Sonho acordado com o abraço De dezessete horas ou mais. Val Mello

ÓSCULO

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ÓSCULO Pouso, abrigo e conforto, Incessante vontade ardente. Aos olhos de quem refuta Há pecado e maldição. Ao prazer de quem o sente É liberdade e salvação. Carne sem gênero Fresta macia Princípio da luxúria . A fala que cala, A alma que grita Lábios brigando sem fúria. Sedução entre salivas De corpos que silenciam, E entre bocas se aspiram, Sob olhares inflamados, Pelo furor de um gesto O beijo é um portal De quem fulgura o AMOR. Val Mello

FERMENTADOS

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"Preso às vinhas Como animais em gaiolas. Humanos acrobáticos Dependurado extraindo seus sulcos. Entrelaçados como em parreiras, Amantes se amando entre gritos sussurros. Sob efeitos das uvas já fermentadas, Por bênçãos de Baco ou Dionísio, A clara felicidade é  obscena. Até  as lágrimas que lavam a face, É  resultado do vinho que vira poema "  (Val Mello)

Mente que pulsa

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"Uma razão amarrada, por neurônios conectada. Nas mãos  do equilibrista, que trança  curas coronárias Pela emoção dos sentidos.  Assim pensa um coração de um cérebro que pulsa  .: (Val Mello)

MEUS NARCISOS

Colei um poema narcísico Nas têmporas de minha vida Passei  achar belo o físico Que o espelho me mostrou Desisti de cortar os pulsos Inventei um novo impulso E até colori os cabelos Recriei o nó da gravata Fiz dela um laço e me embalei Dei-me de presente a mim. Encontrei com a liberdade De nem sempre dizer sim Das definições que ouvi Nenhuma me descreveu Puta, facinha, vagaba Louca, oferecida, devassa. Mas quem não conhece licença Consentimento e autorização. Vai passear pela dúvida Reverberar o achismo Desmerecer  o encantos De quem ama, quem sabe se amar. Nestes narcisos de idéia Embriago-me de certezas Que eu posso ganhar o mundo Na briga pelos espaços Sou mais uma nesta disputa Invadida por vontades O que tu chamas loucura Eu me atrevo e chamo de luta Val  Mello

GUARDIÃ DOS VAZIOS

Carnes abertas e em cortes Muros barreiras e pontes sem suporte Calos cansando a alma Almas calando a morte Sonhos desassistidos Muito esforço e pouca sorte Retalhos de mil paixões Viagens sem um transporte Com certezas por um fio Mergulhei em correntezas Dos amores quem me afundaram E dos desejos inundados Vi este mar virar rio Sem topar os desafios De correr pra novos mares Por medo ou por receio Me guardo e me resguardo Em meus tanques vazios. Val Mello  

DITA DURA

Quanto tempo  dura , A ditadura da dita dura? Se não o tempo de matar de prazer ou  morrer de tesão pelo caminho Se não o tempo  de amolecer num ninho Onde a bendita é mal dita quando não dura dura.

UM ACHADO

Fiz um assalto a dedos armados Me roubei ouros de prazer E diamantes de desejos Não furtei minha vontade E em lasciva invasão em mim Vibrei, entre uivos e tremores Com volúpias e despudores Deixei escorrer entre pernas Líquidos viscosos e escondidos Em tatos descobrir contatos E o prazer de estar comigo Nem as andanças  Das madrugadas surubais Nem a fugidinha com o amigo Nem o amante com seus calores animais Pulando a cerca No prazeroso perigo Não foram capazes  De decodificar meus códigos Como fizeram minhas digitais Que caminha desde o umbigo Me fazendo chegar ao céu E nos tesouros do meu mel Encontrei em meu abrigo Conforto pra relaxar Onde tu ainda perdido Esmola  pra penetrar.

CIOS.

Escondida numa razão  que desobedecem meus instintos Aqueles que libertam  Ao simples sussurro de tua voz Nem precisamos esta a sóis Ou debaixo dos lençóis Para que  líquidos quentes escorram Desejando afogar-se nos seus Acompanhada de sons autorais únicos, específicos, sensoriais Cada um com seu jeitinho Entre as manha e artimanhas Há sempre um que mais arranha E outro que geme mais. Libertinos em suas overdoses de ardores Desistindo da desardênciar Realizando-se sozinho Ou a dois ou a três Ou muitos de uma só vez Sem amarras racionais Feito tantos animais Dando adeus a tal razão Há suores que escorrem só no  furor do pensar Labaredas em genitálias Dispensam argumentação E só se apaga  tais incêndios Sob banhos mornos do cio .

CAIXAS DE CONCRETO

 No tumulto das avenidas Olho  palco dos automóveis Tantos olhos que não se vêem Em correrias indefinidas Palavras com seus ruidas Respostas de silêncios universais Atrás do  pão feito  zumbis Sombras de homens, sobras canibais Os solitários e seus açoites São saciados pelos desejos Aos fins de tarde e cair de noites Muitos falantes, nada de ouvintes Dentro das caixas de concretos São solidões fazendo brindes. Val Mello

INDOMÁVEIS

Alguns seres nunca serão domados Mordaças não impedem desejos Não confundas Liberdades com iniquidades Nem corpos lascivos com obsessões ou ensejos Gritos para que calem Não dominam pensamentos, Lampejos de santidade Não tira do  mundo  libido Há mentes que enlouquecem Sem as concupiscências da carne E outras se sanificam Com o que a moral se enfurece Alguns seres nunca serão domados Uns por se contraporem e eu  por me permitir. Val Mello

Pérolas ruivas

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SE A PÉROLA SAIU DO MEU OSTRACISMO, EU ESCOLHO A COR. Cuidado com a ruiveza Com essa cor que incendeia, Mora nas solércias de Hera, Ou nos fascínios de sereia. Mira pérolas quando ama E pérolas ruivas, quando odeia. É um jóia quando explode, E um rico baú quando freia. Excêntrica pra ser rainha Mas formadora castelos. Diferente uva nas vinhas, De sabor aos seus afins Dissabor de seus abjetos Pérola ruiva  escolhida, Ruborizada e escondida, Atabulando  percalços Por cores e poemas de telúrica acidez. Imparidades da vida, Enriquece os afrontos Que outras damas por praxe Não ousam vociferar. Sob o fulvo fio colorido, Fulgura pérolas de lábaro  quente Em seus oceanos de expressões. Val Mello
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Dia 12: De Flor e De Frutas          (Jorge Ventura) Porque eu colho aromas desde o dia em que eclodiste em flor para mim. Lembro-me da primeira vez: afoitos, germinamos sementes a poucas horas de a poesia verdejar num plantio de egos Mas aquele dia nasceu tão “Eros” feito os dias que começam com um simples café da manhã e terminam em tardes fecundas de vontades noturnas Permitiste enraizar-me em teu íntimo em teu sexo solar e frutífero Senti o cheiro de terra úmida de chuva e provei do teu sabor qual morango e uva à época da boa colheita Hoje – humilde agricultor – cultivo delícias no teu rico pomar de prazeres

QUINTO ELEMENTO

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O dançarino é um poeta. Talvez, maior de todos Usa o corpo como caneta Para escrever frases da alma Na ponta dos pés, asas invisíveis Alçando voos por tantos mundos Passos marcados e rodopios Faz sua imagem um desafio Chegar ao céu, sem sair do chão. Seu corpo, transpira tons acordes, notas e mil refrães Declama versos metrificados Com sapatilhas, ou pés descalços Canta com o corpo, riscando o chão Fazendo rimas movimentadas Faz de sua carne um verbo à parte No espírito habita a poesia. O dançarino é um poeta Se faz poema em melodias. Val Mello

ME FIZ DANÇA I

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Danças, são poemas, que libertam o corpo do corpo, Escrevendo  com movimentos, Coreografias  da vida. Danças, são aplausos , Do corpo para o corpo. É  a rendição  da alma. É desfazer par com os traumas. É  consagrar-se a si. (Val Mello)

ALTO PREÇO

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Alto foi o preço De uma autoproteção Coração endurecido Carente de um recomeço Intuindo o inexistente, Sentimentos sufocados , Sonhos desabrigados, Colheitas ilusórias De prazer e sedução. Caminhos mal traçados, Sem voltas e sem ninho. Entre vontades furtadas Desejos indesejáveis Encontrei um ser camuflado, Mas inteiro, para ainda amar demais.

PALAVREIRO

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Palavras desaparecem, Ou se transformam em preces Quando  um amor é  encontrado . Palavras se fazem músicas Sob tons de um silêncio . Nem a carne que implora, Nem a alma que espera, Sabem escrever o poema Sobre o dito "sentido de amar" Sem versos para o papiro Sem palavras, emudeço Porque não cabem nos livros A conta dos contos Que um coração pode contar. (Val Mello)

SOLIDÕES

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Tanta gente que se olhava e não se via, Tantos passos apressados sem destino, Palavras que maldiziam ou bendiziam Refrões que se cantava sem dizer nada. Parado para ouvir os muitos, Que pouco ou nada se escutavam, Deparado a solidões universais, Daqueles que precisam falar, Daqueles que querem se dar, Daqueles que se resguardam em silêncios colossais, Querendo, mas sem saber o que dizer Diante dos solitários que falam demais. (Val Mello)

LENÇÓIS

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************** Acordei entre os lençóis vazios, Cheirando a  abraço quente. No corpo, um intenso desejo, Na mente, uma lembrança, Na boca, o doce do beijo.  Não foi sonho, a lua viu. E  ela diminuia, À medida que  preenchia Nossa paixão secular. E não há mais testemunhas, Apenas o vento e o tempo, Tentando acertar os ponteiros De um tempo muito distante Que se chega transportado  Por música ou  regressão. Entre os lençóis vazios Cheirando a nós, sem ter nos visto. Grito para o infinito, Que estamos do lado de dentro. Em um mesmo pensamento.  Ligados pela eternidade. (Val Mello)

TRANSCENDÊNCIA

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.............................................. Cruzamento de olhares Entreganm os seus segredos  Levam mentes a perguntar Quem procuras na multidão. E o encontro de almas Entre olhos se abraçam Lembram tempos e histórias  Que este tempo não escreveu. Transcendencias das vidas, Que quando estão bem perto Precisam se ter de longe Para que o mundo não perceba, Que sempre estivemos juntos. (Val Mello)

TENOR

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Foto: Eduardo Reis TENOR Um sopro que faz soar, um timbre tão agudo vindo em ondas tão suaves. Precisamente, és  digno Da destreza de quem percebe almas, Da beleza de um musical sensível, Entoando a  melodia Ecoante teu ser Tua voz é  um acorde envolvente Celebrando a vida Acalmando a alma Fertilizando a mente. (Val Mello)

BATOM

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É um misto de segredos, Que transforma toda mulher. É expressão de beleza, E até desacato à fé . Mexe com sentidos mortos, Mexe com a repressão, Mexe com os comprometidos, Causa ciúmes na multidão. Escorrega entre os lábios, Nos faz despertar muitos dons, Nem quem usa, sabe explicar, O poder de um batom. (Val Mello)

UM MAR, UM VIOLÃO E ELA

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Foto: Arquivo de Internet O mar um abrigo O violão um amigo São três e trinta da manhã E já nem sei pra onde vou. Se sigo bem lento Ou se volto correndo Tentando alcançar O que me escapa das mãos. E a liberdade? De ser  eu de mim, E abandonei Em nome não sei De uma fugaz companhia Pergunto ao mar Que ainda é meu guia Quantas notas eu teço No meu vilão Por esta mulher Que não sei se me quer Que mesmo tão lacônica Me amarra a seus pés (Val Mello)

O AVESSO

Ontem chorei por você Hoje, eu  quero seu fim Amanhã quem sabe A maldita saudade  te rasgue o peito E tu se lembres de mim Na estrada eu sigo Sozinha, em delírios Tirando  um som um  sol de amar  que não cabe seu sim Quem sabe num abrigo de um colo desconhecido, vou  acordar iludida travando batalhas sem fim Mas que fim? Senão  um avesso De um verso  incerto De um blues ou bolero De um samba sem bamba De um dito poema Sem  rima nem lema De um quero ou não quero De um porre certeiro De um choro ligeiro Pronto pra recomeçar acordei sozinho  na beira mar (Val Mello)

AQUELA MENINA

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(Arquivo de Internet) O dia se finda, a noite  eu abraço Vou de bar em bar atras de um bem Que um dia eu fitei. Não sei o eu nome Nem de onde vem Se tu és sozinha Ou se tem alguém. Nas ruas e esquinas, eu busco encontrar, A dama menina com olhos de mar  eu não estava só no instante ligeiro Nem lembro quem era meu par passageiro o tempo fechou  Seu vinho acabou Partiu foi embora sem nada dizer tua face molhada me olhou e saiu Meu mundo chorou e sorriu fiquei na esperança de um dia te ver Vou de bar em bar Atrás da menina Que mesmo chorando Me fez encantar Val Mello

VELADA ALFORRIA

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Vivi e vivo uma fantasia Talhada nos livros de história Registrando em minha memória Essa forjada alforria Não foi por benevolência Não foi um presente real Foi pressão, luta e resistência Ante tanta violência Que ao algoz era legal Lei Áurea não libertou Apenas soltou corrente Mantendo um povo carente Dependente de um Senhor Que aboliu o literal tronco Mas a senzala se fez presente. Herdamos o chicote que mata O preconceito e o racismo Em nossas mentes. Embaixo deste tapete Ainda há muita indecência Parece não queremos ver Q vivemos a demopseudo O País ainda não é de povo livre O País ainda respira o feudo. (Val Mello) Texto inspirado em versos da na música "Peixes" de Juliano Ode

FEUDO

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Não tenho um país do povo Eu tenho um país do feudo. Não há limite para o roubo, Não há prisão para o patrão A sua mala carrega o luxo, ceroulas carregam dólares, Notas frias  foram lavadas, Esvaziando meu bucho. Não há aterro para tanto lixo Que se produz num quadriênio Não sobra povo para tantos vermes Que se alimentam do seu suor Escravidão e feudalismo Ainda são a melhores rendas Hoje chamam de emendas O tronco com amparo legal (Val Mello) Releitura de alguns versos da música "peixes" de Julyano Ode.

MEUS IMPOSTOS, POR UM WHISKY VERDADEIRO

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Meu imposto está em dias Minha carteira está vazia E minha alma até implora Por direito a ter direito A prazer  e boemia. Hoje só queria uma companhia Paro num bar ouço um blues Lavo  a garganta com Whisky Beijo  alguém que ali me olha Querendo saciar do meu cio. Mas me sinto um imbecil, Gastando o que não tenho. Eu reclamo do sistema E só vejo  o  'venha a nós'. Me emputeço com as pessoas Que tudo aceitam numa boa, Que justificam novas cagadas Com as velhas trapalhadas, Encubadas , Delatadas Por prisões domiciliar trocadas. Acho  que vou  me embriagar Tirar um som da guitarra No meu quarto sombrio No  meu escuro preenchido de vazio Depois... um sono sutil. Já são seis da manha. Acordo na puta ressaca Da falsificação barata Do Whisky que tinha gosto de cachaça. É inverno  e está frio Mas é hora do desfio Trabalhar  pra parlamento sustentar Trabalhar  para la...

TODA MÃE É POEMA!

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Eu  queria fazer  o  melhor poema Com esta palavra pequena Que embelezasse essa flor, Que explicasse sua compreensão Que se traduz em amor Que revelasse a magia De uma mãe por sua cria Este ser que traz na alma O significado da Calma E o alívio da agonia Eu  queria fazer  o  melhor poema Sobre este este anjo que cuida de mim Que não importa a minha idade Serei criança até o fim Eita anjo  mais que fiel Batizado só com três letras Nome doce feito mel. Deve ser traquinagem divina Explicando que Mãe É do tamanho de céu. Eu  queria fazer  o  melhor poema explicando seu poder De sem diploma , ser doutora Ser professora sem saber ler De ser criança pra agradar Se eu tiver com quem brincar É curandeira e adivinha Parece ler pensamentos E se ver o filho chorar O seu colo é o firmamento. Eu  queria fazer  o  melhor poema Pra explicar com destreza Com quem parece esta criação Protege a cria feito...

BRINCANDO DE CORDEL 1: O Sorriso

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O sorriso é a linda curva que nunca dói encurvar É a cura de muitos males É a gratidão no  olhar É  a palavra perfeita Quando  a boca não pode Ou então não quer falar Eu sorrindo  digo  sim É um OK a qualquer um Um sorriso cura mágoa Um sentimento  igual a nenhum É a concordância do incerto Riso frouxo, riso aberto Riso tímido ou  riso comum Eu sorrindo digo  sim E encerro de vez qualquer briga Esteja de mal o casal Esteja de mal com amiga Eu sorrindo digo  sim E fecho de vez a ferida A medicina ensina Que rir é o melhor remédio Seja de si ou  do outro Seja do humor ou  do  tédio Sorria que a vida é criança Entre de vez nessa dança Se jogue, é um privilégio. Quando  o mundo acarrancar Quando  mal humor persistir Dê ao mundo  o  lhe falta Ensine o  outro  a sorrir Pois quanto  mais sorrido dado é mais amor aumentado É menos fardo  em ti. Lembre d...

MEU SALTO É MEU REPOUSO.

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Os dias parecem intermináveis , Mas as horas parecem insuficientes. O cansaço me cobre o corpo  O suor escorre no rosto O stress fervilha na mente. A maquiagem vira o escudo Das noites que passo em claro. O batom é o para-raios Que enfeita o sorriso largo, De quem pouco descansou As meias sempre tão sex Se faz de segunda pele. Um hábito para cobrir. Um corpo preste a cair, No dito julgar social Cansada sempre desfilo, feito pluma em ventania. A vida me desafia, Mas faço dela meu palco. Entre batalhas perdas e ganhos Encontro o repouso estranho Em cima dos saltos altos. (Val Mello)

CUIDADO COM ELA

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Cuidado com ela, Aquela que é livre  E que se ama Que usa salto alto Que desfila feito dama, Mas que da chave de coxa, E não é qualquer um trouxa Que repousa em sua cama Cuidado com ela Que nunca quis ser  Cinderela, Nem casar com seu amado. Ela prefere um amante, Que lhe faça suar bastante, Mas só   quando   for chamado Cuidado com ela, "Que se metamorfoseia As vezes vira Hera As vezes é    sereia" As vezes ela explode    As vezes ela freia. Quase sempre ela ama Mas cuidado quando ela odeia Cuidado com ela que te pariu. E quando retornares a portinha Igual a de onde você saiu Faz um favor pra você Vá com calma e seja gentil Pois a racha Que te encaixa Tem vontade própria Não seja mais um que se acha Pois a cobra da tua carne Troca-se pela de borracha. Posso buscar no   Tinder Ou em qualquer esquina Então trate bem minha menina Pois se é dona da cobra ...

NUDES DA ALMA

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Sem Mac ou batom vermelho , Cara limpa  e alma solta, Me sobra tempo e lembranças. Talvez algumas cervejas, ou alguns goles de vodka, Com um cigarro sem marca, Me faça viajar no tempo, Tentando o tempo parar, Na busca do esquecimento De um  presente a virar passado, Na vida que segue seguida. E ja que vida é  uma poesia. Sempre valerá apena. A dor que me explode hoje, Amanhã será  um poema. ( Val Mello)

LUZ, CÂMERA, AÇÃO!

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FOTO: Eduardo Reis Vejo a vida como um cinema E para não perder o poema Cada um reflete a luz que tem. Sob holofotes ou maquiagens Ou em bastidores de vida verdades Todos atuam com o texto que convém Cada sorriso estampado Cada palpitação que me vêm Cada choro derramado São emoções que refletem meu além E se nas telas virares estrela Se obrigue na vida ser constelação Faça do seu feixe de luz própria O facho de luz da sua missão. Val Mello

CAFÉ

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foto: www.jornalfato.com.br/cultura/cafe-com-poesia   Amores da minha vida.  Café para  acalmar-me E para evitar irritação. Café de manhã, de tarde de noite,  Antes do porre E pra evitá-lo , Depois do porre, para curá-lo. Café pra tirar meu sono  E até antes de dormir. Café com o amigo, Café com desconhecido Quer me ver feliz me chama para um café Quer que eu me sinta amada paga meu café Resumo do meu dia como é? - Inteiro movido a café (Val Mello)

FÊMEA

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Entre a doçura e acidez Entre a loucura e a razão Entre o que eu quero e que quereis Sou teu pecado e salvação Entre eu olhar e ser bem vista Há tantas regras pra eu seguir Entre o desejo e a conquista São tão calos a me punir. Entre minhas vestes e minha nudez há tantos contos e mil tabus Entre meu grito ou timidez Sobram feridas aos urubus Entre meus lábios sempre molhados Em meu olhar ja penetrante Me mostra culpa como pecado Desfaz em mim o meu gigante Meu peito sangra, por repressão Me faço em partes, pra nao cair Desço ao inferno da opressão E me remonto pra ressurgir Porque meu ouro, é Minha beleza Mas minha atitude é diamante Não quero posto de uma princesa Mas ser rainha dentre as amantes Entre soluços, eu me recrio Refaço a vida como ela é Sou carne forte, sou ser no cio Sou luz da vida, eu sou MULHER.

ASAS...

Não sei pq, mas hoje acordei diferente.  Sem batom vermelho de Sempre,  Sem filtro sem maquiagem... Apenas munida de uma nova vontade, Vestida desse manto que brilha  Chamado LIBERDADE !!!

PSEUDO SALVADOR

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Basta um pouco de poder E um punhado vaidade Basta que peçam desculpas Basta ter a afinidade Basta que suba de cargo Pra esquecer dignidade. Em gesto frios e macabros Em nome da honestidade Vemos surgir as verdades De um pseudos lutador Moralistas e cauteloso , Com canudo de doutor O falso juiz salvador esquece seu juramento Basta dinheiro e a amizade sem menor constrangimento Assume cumplicidade. e dos leões, se faz jumento só Basta que o ilegal Pertença a sua panela Ponderará o imoral Evitando parar em cela Sela somente ao povo entregue às esparrelas homens em sua defesa O gado que nada ver diria: equino prendado páreos do desconhecer Sendo sempre o perdedor Pastando até morrer.   Não basta mudar de ideia mudar as regras do jogo Já que é fácil enganar Pra que se explicar de novo Trata povo como asno e mente ser sangue novo ha prazer no seu deboche Não há minuto de engasgo Pra proteger os fantoches A toga que engana os fracos lustrosa e juramentada É mesma a guarda os fort...

FORÇA DAS MATAS

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Carrego n'alma a força dos ventos O cio do pensamento  E a firmeza da terra Me entrego a vida Como os rios ao mar Me fortaleço nas matas E me recarrego ao sol Repouso como animais Em camas feitas de folhas Em rizomas me confundo Refaço meu novo mundo Reorganizo as escolhas. Sob um céu de sol ou luar Recrio a fonte de viver Ativo as energias Dos deuses da natureza Me faço morada de deusa Me recrio um novo Ser. (Val Mello)

PIPA

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Foto: Aquivo de Internet  PENSAMENTO  intenso  nos homens se que se dissipam Que neste momento  você  se entregue Aos desejos que em ti existem E se o mundo os vê profanos mande beijinhos para os humanos E voe feito pipa pelo céu Dando asas ao ser poder E com a mente em paraquedas Aberto para pensar. Vire pipa e olhe mar pois tudo que está entre vocês É vento Basta seguir sua direção VÁ!!!! (Val Mello ) " Eu nunca soube o que eu queria ser  a única  certeza que sempre tive, é  que a LIBERDADE de ser e de pensar  é  o melhor corrente carcerária de se viver."