CAIXAS DE CONCRETO

 No tumulto das avenidas
Olho  palco dos automóveis
Tantos olhos que não se vêem
Em correrias indefinidas

Palavras com seus ruidas
Respostas de silêncios universais
Atrás do  pão feito  zumbis
Sombras de homens, sobras canibais

Os solitários e seus açoites
São saciados pelos desejos
Aos fins de tarde e cair de noites

Muitos falantes, nada de ouvintes
Dentro das caixas de concretos
São solidões fazendo brindes.


Val Mello

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FALÉSIAS

REVISTA POESIA EDIÇÃO 2017 / TEMA :MEIO AMBIENTE

REMENDOS