Pesquisar este blog

terça-feira, 14 de maio de 2019

O AVESSO


Ontem chorei por você
Hoje, eu  quero seu fim
Amanhã quem sabe
A maldita saudade 
te rasgue o peito
E tu se lembres de mim

Na estrada eu sigo
Sozinha,
em delírios
Tirando  um som
um  sol de amar 
que não cabe seu sim

Quem sabe num abrigo
de um colo desconhecido,
vou  acordar iludida
travando batalhas sem fim

Mas que fim?
Senão  um avesso
De um verso  incerto
De um blues ou bolero
De um samba sem bamba
De um dito poema
Sem  rima nem lema
De um quero ou não quero
De um porre certeiro
De um choro ligeiro
Pronto pra recomeçar
acordei sozinho 
na beira mar

(Val Mello)

Nenhum comentário:

Postar um comentário