Cuidado com ela,
Aquela que é livre
E que se ama
E que se ama
Que usa salto alto
Que desfila feito dama,
Mas que da chave de coxa,
E não é qualquer um trouxa
Que repousa em sua cama
Cuidado com ela
Que nunca quis ser Cinderela,
Nem casar com seu amado.
Ela prefere um amante,
Que lhe faça suar bastante,
Mas só
quando for chamado
Cuidado com ela,
"Que se metamorfoseia
As vezes vira Hera
As vezes é sereia"
As vezes ela explode
As vezes ela freia.
Quase sempre ela ama
Mas cuidado quando ela odeia
Cuidado com ela
que te pariu.
E quando retornares a portinha
Igual a de onde você saiu
Faz um favor pra você
Vá com calma e seja gentil
Pois a racha
Que te encaixa
Tem vontade própria
Não seja mais um que se acha
Pois a cobra da tua carne
Troca-se pela de borracha.
Posso buscar no Tinder
Ou em qualquer esquina
Então trate bem minha menina
Pois se é dona da cobra
Eu sou
a própria serpente
Se tocar a flauta direitinho
Subo e desço com carinho
Livre solta e saliente
Só pra ficar bem lembrado
Tenha cuidado com ela
Que geme sem ter vontade.
Mas se tiver atenção
Mas se tiver atenção
O gemido vira verdade
E o coração lateja entre pernas,
O nome disso é tesão.
Aproveitem enquanto dura
Mulher livre não é loucura
Se deixe invadir e invada
Encare essa aventura.
Acione devagar o botão,
Ame a fêmea que se ama
Pois só
de pensar nesta dama
Uhuuu
Já me bateu um calorão.
Val Mello
(Algumas frases entre aspas do poema, são baseados em em um texto Elisa Lucinda "Aviso da Lua que menstrua)
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