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Mostrando postagens de 2020

FUGA PSICODÉLICA

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 FUGA PSICODÉLICA.  ☂️☂️ Fugiu das sombras invadindo espaços  retalhando a carne nas insólitas estradas. Um andejo camuflado guiada entre ecos mudos disfarçando  leveza em seus hiatos  alucinógenos. (Val Mello)

O JOGO

 🏵🏵🏵 O JOGO *********************** Ao contar só com o que tinha Aprendi contar com sorte, Que não revelou armadilhas nem blefe dos jogadores. Aprendi agradar a vida a governar sem suporte a desafiar inimigos, a conviver com os vendidos No Sol que me fez forte, Feridas viraram calos, me fiz luz e dia claro me fiz amiga da morte Senhora do meu destino fiz de um sonho menino alça pra sobreviver Na inverdade homens comi frutos de maus-tratos que nem o sol escaldante nem o castigos da fome ousaram por no meu prato. Val Mello 

LENÇOL HUMANO

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LENÇOL  HUMANO  O frio se faz distante  diante  do terno abraço  o mundo é consolado  braços viram abrigo A vida tem mais sentido  dentro do colo cobertas da alma  são tecidas com pele humana. Val Mello 

MOLDURA DIVINA

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MOLDURA DIVINA nos teto de espelhos  descansa a brancura e as curvas da devoção  mármore escupido  encanto despido derme emoldurada Lençóis amarelados vira seda em fina estampa a guaradar um templo nu Carne tênue e sagrada dentro de um abraço quente velo o sono da deusa ardente no frio da madrugada. (Val Mello)

QUADRO ESCONDIDO

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QUADRO ESCONDIDO 🎨🎨🎨🎨 Bebo as letras mastigadas das canções que não compus Me derreto em carne trêmula, de desejos não vividos Me enrubesço em tinta fresca dos vermelhos derramado Sangue frio  ali vertido,  sem embaraço ou dor Vinho pela metade Face em meio sorriso alma curando a ira Pelo o fogo a queimar  o sono, de sonhos virados cinzas Sob a paleta magenta surge a tela encarnada Pintura emoldurada Um remanso encoberto por um alarido de cores. Val Mello

A SEDUTORA

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A SEDUTORA. 🎇🎇🎇🎇🎇 Alva, brilhosa pastora solitária e seduzente Nem todo brilho  da cidade em luz clareando às estradas não seduzem como d'Alva  toda quente toda rubra toda Vênus Val Mello 

LUSTRE SEDUTOR

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LUSTRE SEDUTOR Tem um lustre no meu teto feito prata pura me clareia  me encendeia Fico nua Me visto de lua. Vla Mello

CURA

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La vem a voz de poema, com uivos de calmaria resulta o que verseja naquela paz desejada São enfermeiros do espírito,  anestesistas de almas Toda sílaba vira guia, toda fala poesia Eu, idolatra de vocábulos de verve sacro ou mundana me embriago em histerias da melopeia que aflora e me parto pelas palavras dos versos que me completam Val Mello

AMAR É CORAGEM

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🕉🕉🕉🕉🕉 Queria empestado um punhado  do que fui entregar sem sofrer as palavras que engoli digerir frases duras sem fazer doer as vísceras aceitar os silêncios sem sofrer um só  instante. A carne  chora sem dizer ao marchante onde dói. Se apanhasse emprestado um punhado do que fui, a luta seria mais branda a rudeza mais presente os sentimentos escondidos O sofrer mais camuflado Mas perderia a chance de me ver amando outra vez. Val Mello

SEMBLANTES

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SEMBLANTES 💋 Sob  alvo da alma flechada, semblante abatido em tiro de silêncio  ou socos de distância. A boca tenra, guarda segredos,  pupilas dilatadas versam sem nada dizer, nos espelhos do profano. A obscena ligação  da história a ser cumprida contra o ferrão da inveja resistente à estrada da vida. o tempo  preterido, hoje é  o mais  esperado, e cada minuto é  sagrado dentro do solo perdido nas eras. Val Mello

PRATA RARA

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PRATA RARA Vi a prata sobre Vênus copulando em céu  escuro. Enquanto todos dormiam ou por decreto sumiam ela furava a quarentena do alto fazia cena  orgias de exibição. Divina deusa dos mitos Espiã dos forajidos amiga dos enamorados Quisera talvez  ao meu lado Aquele que viste tocar-me Astro dito iluminado de luminosa vigília na Terra Teu nome que enfeita rimas Se faz sagrada aos poetas Testemunha  dos beijos às ruas Tão pura, desperta o amor nos mortais. Tão minha e de todos, sagrada e profana Segredos entregues ao brilho lunar O sono me cobre, com a paz que eu mereço Da prata sem preço eu guardo em sigilo desejos de Vênus e  lembranças de outrora Paixões de agora, ou paixão  secular. Val Mello.

ELA ANDA PELO MUNDO, EU SÓ A OBSERVO

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ELA ANDA PELO MUNDO, EU SÓ A OBSERVO ✨ de calcanho em calcanho corri mundos nas  aquarelas e nadei nas águas salgadas  das rasas  fendas da face.  hoje, presa à telas modernas travo as botas e ouço  os tons atenta a  entender brados de Calcanhotto. fecho  janelas  da alma  avisto cores em mim. tantas vezes me ceguei em  beligerantes dias agora, sem discordar das chuvas a  levarem e a  lavarem rotas  repouso no trono dos pensamentos. Afinal, não cheguei até aqui  para perder o instante em que o arco-íris pintará o céu Val Mello

SILENCIOS RUIDOSOS

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📣 Virei fumaça  da lembrança  do que fui. Bebi o amargo dos suores que me dei Provei o céu de pertencer ao teu prazer e o inferno de não  poder  te agradar Sobrou o aroma das ervas da sedução Deixando  cheiros onde o olfato alcança. E na cortina esfumaçada de esperança, me escravizo entre as falas que nada falam e entre os silêncios que me torturam. Val Mello.

DESCONFIANÇA

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DESCONFIANÇA .......................... Desconfio, da palavra que me oferta da boca em riso aberto feito cova a me engolir. Desconfio, das carícias em minha face das lágrimas junto ao meu pranto das cabeças  sempre em volta e da palavra por vir. Desconfio, da vida presa aos moldes dos erros se corrigindo e das verdades absolutas Desconfio da desconfiança  contante fazendo o homem errante correr  de pés amarrados E por medo dos olhares, em busca de lucidez, a dúvida assim se fez. Desconfio que na loucura a liberdade faz sua morada mas sem ter certeza de nada engulo silêncios buscando a razão. E com grades nas palavras desconfio que errei ...ou nao! Val Mello

DESIGNADO

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DESIGNADO Complementando os sentidos da própria vida e de outras Faz revelar-se o poeta Em meio as lutas que trava. Ao disseminar seus versos Em horas, tempo e espaço Se faz objeto indireto Um dependente do verbo E um tutor palavra. Traz na sua oração a função  de encher vazios E exerce na citação o poder de atingir outrem. Carrega a arma certeira em códigos, cores e som imagens e muitos dons que nem cabem no discurso. Este objeto indireto da palavra que sozinho, nada conclui que transita entre mentes na dependência de um norte de onde, para onde, por quem, ou como deve escrever os versos Que darão sentido ao seu mote. A palavra do poeta é  mágica. Faz o mundo perceber-se menos objeto e mais poesia. (Val Mello.)

SEM ANJOS OU DEMÔNIOS

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SEM ANJOS OU DEMÔNIOS ................👼😈................ As mentes entorpecidas, pelo furor de impor Causam medo ou fraqueza, ao invisível  da fé Na boca a desconstrução, no peito repulsa ao amor Nos atos cotidianos, só egoísmo em bandeira. Mil diabos se recusam, a partilhar mesmo atos Os anjos se depediram, e foram dançar ciranda. O homem age sozinho, sem culpas e sem fronteira O álibi santo ou profano, até  tem vez e espaço, Quando o homem em seus passos Nega ser responsável pelo outro. Val Mello

CAMUFLAGEM

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Foto : Eduardo Reis. CAMUFLAGEM.. Debaixo do meu chapéu, Guardo um mundos de incertezas Dentre dúvidas e sonhos Desesperos e tristezas Trago também esperanças Guardadas desde criança Contendo risos e amor Guardo dor, guardo projetos Guardo todos os afetos A paciência e o esperar. Debaixo do meu chapéu Há tipos e personagens Há músicas, grandes saudades Há peças que não estrearam Há ventos e tempestade Há brisa leve e morada. Há meu inferno e meu céu Um dualismo dinâmico Um universo escondido Defeitos redefinidos Expostos para os humanos Mas recolhidos em si. São os disfarces do bicho homem Guardados e ornamentados Debaixo do meu chapéu. Val Mello

A VIAGEM

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foto Eduardo Reis Há uma mala carregada de lembranças uma mochila repleta de esperanças a bagagem explodindo de saudades carteira  com um cheque em branco destinado a  comprar sonhos. Por mundos de curvas sinuosas Há de existir no horizonte,   uma bússola ou  nariz mostrando o norte. Há de ter quem invente a própria sorte E quando as vontades gritarem alto, O bicho homem há de  transformar os ninhos. Entre as selvas ele se adapta Seja de pedra ou de botânica. Só o tempo será  mestre  das conquistas Capaz de fazer a lista redefinir o que é  fortuna E riquezas serão revistas E o ouro acumulado é a certeza de ser um eterno viajante  aprendiz dos seus quereres.  malas vazias dos orgulhos,  que um dia um lhe fizera companhia . Val Mello

RUÍNAS

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🌻RUÍNAS🌻 Renascia em meu olhos o passado presente A história perdida, dos castelos queimados. Não sobrava à mente a lembrança esquecida Escapava à memória os amores cantados Revirei as ruínas procurando imagens E nas cinzas da mente algo de nós sobrou Mil tijolos caídos e uma parede incompleta São os contos da história  que ainda não acabou. Renascia em meus olhos, muitos séculos adiante A história sem  um fim que precisei narrar. Os amores os amantes, os castelos de sonhos É  tudo tão real, quanto o Sol que me cega. Quanto a relva que acalma Quanto a chuva que rega Das paredes amarradas,que um dia viraram pó Muitos séculos depois desatavam-se os nós, O encanto, o reencontro a paixão o passado. Paredes a erguerem-se Há um futuro em nós! Val Mello.

A CADA CONTO

Os seres e suas feras As almas e suas caras Cada um com seu furor Cada um com sua calma Cada encontro um novo conto Cada conto um ponto aberto Cada ponto da história Reeescrita a cada modo Cada um com sua dor Cada dor, sérias feridas Mas o que a história nao conta É que cada lado tem o mesmo Amor. Val Mello

FRAGMENTOS

Um corpo consumido de desejos, Lembranças de banhos de suor Lentos beijos a flor da pele Pele em flor, corpos em nós. Labaredas de paixão, num eterno agora Desejando para sempre ser assim Sem amanhã para chegar Sem memórias, sem um fim Das loucuras e peraltices momentâneas Restaram lembranças, saudades e fantasias Junto às certeza confortante De que um pedaço da noite, valeu mais que mil dias. Val Mello

APARÊNCIAS

Tem horas que parecemos fortes, mas só parecemos. Tem horas que parecemos fracos, mas só parecemos. Tem horas que parece que tudo vai mudar, mas só parece. Tem horas que parece ter aparecido o par, mas desapareceu Tem horas que a gente até acredita no impossível, pra desafiar as possibilidades do existir. Tem horas que não tem horas, é a hora que o tempo pára e só a saudade sobrevive. Val Mello

MIOCÁRDIO

Os silêncios gritam A boca vomita A cabeça esquece O coração acelera E o corpo padece. Isso é que dá um cardíaco se esbaldar em vinho tinto. ... tim tim! Val Mello

FERAS E FAROS

Os seres e suas feras As almas e suas caras Cada um com seu furor Cada um com sua calma   Cada encontro um novo conto Cada conto um ponto aberto Cada ponto da história Reescrita a cada modo Cada um com sua dor Cada dor, sérias feridas Mas o que a história não conta É que cada lado tem o mesmo Amor. Val Mello

SUBTERFÚGIO

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No tabuleiro de buscas Arquiteto encontrar teu ar. Ando em tantas direções Camuflada entre emoções Entre jogos de estratégias . Beijar-te É xeque-mate É vencida a batalha. Há uma dama em proteção E um rei capturado Em um reino incendiado Por desejos e reencontros Fim do jogo É mais um ponto, Preferi não escapar. Val Mello

BLOCOS

As peças não se encaixam Vazios não se preenchem O mundo estar doente, É porfia em toda parte. Em fendas nos emendamos Buscando quem corrobore Um discurso semelhante O homem preenche blocos De vontades ensinadas Não sei se montamos o mundo Ou se mundo se despedaça. E para pertencer a raça A nossa face disfarça Os desejos mais profundos . Val. Mello

PINK

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Luz do dia nas janelas O movimento é constante. E em uma manhã chuvosa, Mais pessoas apressadas Mais buzinas irritadas São vizinhos acordando, A cidade despertando Uma oração no rádio: Confortably Nunmb Meditação! A criança ainda dorme. No adulto despertado É hora de labutar.

DEMÉTER

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Entre as leis fecundas E os anseios de deusa Tudo estar sacramentado Em longos tempos passados. De raízes de Deméter Aos frutos a serem colhidos Nenhum amor é perdido Alguns são afastados Desprovidos do adubo. Chegou o novo plantio Há frutos na nova safra. Val Mello

VERMELHOS

Com tintas que a vida oferta Faço arco-íris no final de cada tempestade. Entregue à quentura dos vermelhos que me definem, desisti de insistir em apagar as labaredas da minha alma, que ardem com vontades incessantes de sempre correr à frente. Não sei se o vermelho é a cor mais quente, mas sei que é a cor que colore meus versos, Traduzindo expressões, que gritam até sem dizer nada.

DUBLAGEM

Vi Imagens de bem estar, e expressões de alegrias, Me faltam palavras à boca E meus olhos se fazem rios, No paralelo de nossoa mundos Sobram apenas eclipses e momentos eternizados e um agradecimento ao tempo Vi imagens de bem estar felicidades obscenas, expostas ao cubo do mundo. E tudo as vezes é tão claro, E os olhos se cerram aos fatos. E só resta dizer amém à combinação social às imagens de bem estar , Ainda que lá falte amor, para o mundo eles são felizes... E eu, cá em meu mundo Vou esperar outro eclipse. Val Mello

Para meu Avô Edmundo

"Apareceu quando eu dormia E foi um encontro lindo Tuas mãos eram pequenas Tua face era rosada O Sol ja não te batia Me chamaste como gostava Sem apelidos ou marcas "Valdene", tu bradaste. Nao trouxeste notícias belas Teu choro era tão profundo Mas por um mísero segundo Te beijei mais uma vez. Palavras não recitei Senti tua respiração Agora sou eu quem chora Mesmo com paz que tu me trazes. Era sonho, eu acordei, porem feliz com a visita" ❤ ❤ .................A Edmundo Gomes, in memoriam

RETALHOS INTEIROS

Colei meus pedaços com batom, vesti o perfume da fragrância Tudo Bem, Calcei os sapatos da marca "Vai Passar" Levantei e fui à luta... Nem sempre saberem das minhas dores Terei o colo que esperado. Val Mello

A TELA

Fotografia é um poema, é uma arte que eterniza os momentos que fazem o passado permanecer no presente, onde guardamos para o futuro as saudades emolduradas. Fotografia é sensibilidade, é um olhar encantando os momentos na captura do instante uma energia sob um click, luz e sombra se apresentam a imagem se constrói. Val Mello