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Queria empestado um punhado do que fui
entregar sem sofrer as palavras que engoli
digerir frases duras sem fazer doer as vísceras
aceitar os silêncios sem sofrer um só instante.
A carne chora
sem dizer ao marchante
onde dói.
Se apanhasse emprestado um punhado do que fui,
a luta seria mais branda
a rudeza mais presente
os sentimentos escondidos
O sofrer mais camuflado
Mas perderia a chance de me ver amando outra vez.
Val Mello
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