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domingo, 24 de maio de 2020

SILENCIOS RUIDOSOS




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Virei fumaça  da lembrança  do que fui.
Bebi o amargo dos suores que me dei
Provei o céu de pertencer ao teu prazer
e o inferno de nĂŁo  poder  te agradar
Sobrou o aroma das ervas da sedução
Deixando  cheiros onde o olfato alcança.
E na cortina esfumaçada de esperança,
me escravizo entre as falas que nada falam
e entre os silĂŞncios que me torturam.

Val Mello.


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