DESCONFIANÇA
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Desconfio,
da palavra que me oferta
da boca em riso aberto
feito cova a me engolir.
Desconfio,
das carícias em minha face
das lágrimas junto ao meu pranto
das cabeças sempre em volta
e da palavra por vir.
Desconfio,
da vida presa aos moldes
dos erros se corrigindo
e das verdades absolutas
Desconfio
da desconfiança contante
fazendo o homem errante
correr de pés amarrados
E por medo dos olhares,
em busca de lucidez,
a dúvida assim se fez.
Desconfio que na loucura
a liberdade faz sua morada
mas sem ter certeza de nada
engulo silêncios buscando a razão.
E com grades nas palavras
desconfio que errei
...ou nao!
Val Mello
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