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Mostrando postagens de 2018

METAMORFOSE DA TERRA.

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Foto: Acrísio Oliveira Debaixo  desse pano  de fundo De lonas azuis e molduras  esverdeadas Posso sentir qão pesado é uma tromba d’agua Mas, mais ainda quão resistente é a terra E como  possível é,  o  equilíbrio Das águas que correm devagar Que serenam um olhar E encontro  a  certa clareza Que forte não é uma corrente Que tudo leva pela frente Mas sim a resiliência do chão A paciência em resistir O dom de se transformar Na paz que quero  sentir (Val Mello)

PEDAÇO DE NOITE

UM PEDAÇO  DE NOITE. Um corpo consumido de desejo, Lembrancas de um banho deu um suor, de um lento beijo Vontades em flor, Como a flor da pele Que se abre Nada faz desistir Nem a apreensão desamar É  fogo de paixao Que consome a ansiedade Quem dera o agora Pra sempre fosse  assim Sem previsão de virar memórias. E se nada mais se repetir E se tudo tiver sido  so um momento Uma loucura  um desatino Um peraltisse de menino Ainda assim restara a lembrança Com tempero da saudade Ainda assim sobrará  a fantasia de que um pedaço de noite vale mais que mil dias . (Val Mello)

VOCÊ NÃO

VOCÊ NÃO SINTO  DISTANCIAR , MEU SONHO  DE SER DOUTOR COM OS ATOS LEGITIMADOS  ME AFASTAM DO PROFESSOR E A TAL MERITOCRACIA?  QUE VIROU  MANTRA DOS DIAS. NÃO PASSA PELA ESCOLA DE POBRE. ME FAZ AMARGAR A CHANCE, ME  TIRA DE VISTA O ALCANCE DE ME TORNAR MAIS UM NOBRE. UM DIA É O DISCURSO DO OPRESSOR NO OUTRO O GENOCÍDIO NA EDUCAÇÃO É A FANTASIA NA TV, QUE EU POSSO SER O QUE QUISER SER BASTA NÃO TER VITIMIZAÇÃO, MAS NÃO DÁ BASE DESCENTE QUERE SOMENTE QUE EU  LEMBRE QUE BRASILEIRO NUNCA DESISTE E QUE SOU  PENTACAMPEÃO. SOBRA UMA TAL SOBERANIA LONGE DE JUSTIÇA SOCIAL E TEM SABIDOS NO PODER COGITANDO  ATÉ  E. A . D PRA CRIANÇA DE ENSINO FUNDAMENTAL E NA MERENDA DO CARDÁPIO CORRUPÇÃO AINDA É PRATO DO DIA FAZENDO DO PRATO VAZIO NOSSO O PRATO PRINCIPAL SOBRA DOR ,AFLIÇÃO,  DESESPERO E SEGREGAÇÃO A TERRA SÓ E REGADA,  ONDE A GRANA JÁ É VERDINHA NA FAVELA E NO SUBÚ...

DIREITA x ESQUERDA

Nascemos com membros direitos e esquerdos Seremos canhotos ou  destros, E muito  raramente ambidestro. Mas como deixar de ser  mal? Extremista, individualista,  passional? De ser  induzido  e zumbizado Preciso da cura de mim Antes que meu  fanatismo Seja meu  algoz E eu  um cego  fiel. Que o  transe de minha cólera, Não  me torne um caçador Nem um catequizador Das opiniões que me diferem. Se eras turvas se anunciam E se angustias passo a sentir Quero  gritar poesias Pra diminuir  o pavor que esta porvir Isso,  se não  me calarem. Se minha voz não  abafarem Pois sou  só uma artista que clama Que pede explicação e  que duvida Que liberta a alma e cura feridas Nas praças que me aprisionam Sob açoite da burguesia Que apenas me ver  atrevida. E eu  sendo  minoria Que esbravejo   clamando  o  verbo  amar Que  eu  não  ...

SABEDORIA NAS ASAS

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FOTO: Wander Rocha "O Ponto branco que realça o azul A liberdade que rasga o vento E esperança  de ir além A leveza de um movimento A sintonia de terra e ar A combinação entre o ceu o mar A aquarela equilibrada Com as nuances da beleza A seducao eternizada No vôo dos passaros No encanto da natureza. " (Val Mello)

FELICIDADE COM VODKA

Eu sempre vou atrás  da felicidade E Costumo voltar bêbada, Pior  de tudo... tenho amnésia alcoólica Nunca lembro   se encontrei, Como sou desapegada  é  bem provável  que entreguei pra alguém Como tenho bons  amigos, talvez me liguem pra devolver Já  que sou insistente vou remarcar com eles para pegar de volta essa tal felicidade E já fui informada que hoje tem vodka... Val Mello.

DEPRESSÃO

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Há uma infelicidade constante Um desprezo por graças da vida, Uma solidão incontida E um desejo de banhar a alma Com as mesmas lágrimas Que não se sabe d'onde brotam. Fugir dos sentimentos de culpa Do estanho em um corpo conhecido Dos medos de repente sentidos, Do pessimismo viciante Fugindo com um riso forçado Dos julgamentos reprovados Ou de quem manda buscar uma fé. E tudo NÃO  é  frescura Não diga que é  loucura Quem com olhos marejados Só deseja um cafuné Um apoio Uma dose de alegria Mil litros de compressão Fazendo afastar das drogas Isolamentos e suicídios. Isso tudo não é  chantagem É  o monstro da DEPRESSÃO. (Val Mello)

IMPROPRIEDADE

Eu tenho tanta propriedade do nada que no dia que eu falar algo perto do tudo Esse tudo que tu quer ouvir Serei confundido com um louco É que hoje sou  apenas o louco que não fala pouco Mas que poucos querem ouvir Talvez seja um sábio  torto Ou um cego dos ouvidos Que emudeceu os olhos E nesta expressão corporal, sou  um homem recheado das certezas Certeza de que amanha Fui idiota no  ontem (Val Mello)

O POEMA ETERNIZADO

Faço poemas com as pedras que tu me atira. Recrio a arte onde tu gritas que não faço parte Reinvento a ordem, Onde teu ódio se faz estandarte . E vomito seu veneno em poesia, Com graça, com versos com classe. Porque no poema moram as dores, Despejam-se os anseios Nascem, morrem e renascem novos amores Curam-se feridas, Travam-se batalhas, Determina-se a existência ou não de uma nova vida. O poema resiste, E a resistência é minha luta Que tira da vida o luto Que lapida as palavras mais brutas Que te devolve em versos Os pensamentos eternizados (Val Mello)

ALMA LIVRE.

Sinto na alma o cansaço de uma maratona, E a esperança de quem se prepara para largada Despida do moralismo que impede o bater de asas, Descobri que enxergo além das vitrines do horizonte. Que não me culpo e nem te culpo Apenas me permito, E me desculpo, Por tudo que tentei e não consegui fazer Porque tudo posso ser, Pelo simples fato de ter-me Que posso ser a oitava nota musical ainda oculta E posso na minha vanguarda Está cometendo o oitavo pecado capital ainda não apontado. Mas a liberdade com sabedoria é o mantra que respeito E nesta liberdade me prendo Desprovida da pretensão de TER E mergulhada no universo Livre de SER ( Val Mello)

O PRAZER ÚNICO

Ela pode ser vulgar Ser feita em qualquer lugar A qualquer hora, a qualquer tempo. Em um prazer único fecho olhos pra sentir E depois abro para continuar, Uso as mãos para guiar E ouvidos para escutar meus próprios sussurros As vezes suo, tremo, e as vezes até dói Muitas vezes dói... As vezes faz chorar Mas o prazer em sentir tudo mais e mais  é gigante. É preciso recomeçar E não pode parar no  meio Para que nada venha a esfriar E se parar para relaxar E uma lembrança bater É preciso correr e novamente fazer Ai ai ai Como  é intenso na alma Esse lance de escrever. (Val Mello)

AMOR DE MIM

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Não peça respeito para seu companheiro Não peça para ser amada Não peça para ser desejada Não queira ser cobiçada Apenas se aceite Se ame e se respeite Assim não herdará migalhas Sejas teu  amor primeiro Sejas tu, por ti desejada Cobice interinamente sua auto estima Inveje o amor próprio Se perdoe Se permita Se deseje soberanamente Se critique e se reinvente Invente um novo discurso Se plante Você é semente Renasça Se regue, E tu por ti mesmo Te encantes. (Val Mello)

ISSO NINGUÉM FALA

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Sei que morre gente todo dia Que viver é um risco mortal Mas experimenta nascer mulher Pra você ver se o risco é igual Peço a consciência de não achar que é vitimização Mas se pensas assim Você é  escroto é machista É nojento, maldoso É imoral. Se estudou,  não aprendeu Se pesquisou, não quis entender Se te contaram tu não ouviu E se te mostraram fez questão de não ver Homem estupra homem Homem estupra criança Homem estupra mulher Homem estupra atéanimal E ai a culpa é da minha saia curta Ou do homem  que acha que em qualquer lugar Pode enfiar o seu pau Não diga que estou  de mimimi Ou que to querendo privilegio lá no  código penal Mulher é dita culpada Desde a costela do Adão Até onde eu sei a costela ta do lado E não debaixo da mão Quantos homens tu conhece Que conta histórias lavadas Que olho roxo foi a pia do banheiro Ou que  escorregou na escada Que se acidentou na cozinha Que se ralo...

SEGUINDO...

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Quero  muita revira volta Quero  andar pra frente quantas passos forem necessários  voltar  Quero  engatar a re Se for preciso recomeçar Quero  ser livre para ir e vir E se eu  me arrepender Quero  a liberdade com a  oportunidade De poder aprender Que valeu e vale a pena ousar Sim... Eu vim sim nesta vida a passeio E isso  me dá o  direito  De decidir o  tour que vou  fazer Que atividade me dá prazer Posso  escolher qual guia vou  escutar e em que grupo  quero  está Ou se vou  seguir sozinha. Nesta aventura chamada vida Cada um vai  onde quer Mesmo  com  o  mundo  mal frequentado Com  humanos alienados Vale a pena sobreviver Por que mistério  e emoção Nunca foi  e nem sera chegar mas sim pisar no freio Parar,  Apreciar a jornada E se preciso for  VOLTAR.    (Val...

VÍDEO FURTO DA ESPERANÇA

https://www.youtube.com/watch?v=fccl-iZ75RY&feature=youtu.be PRODUÇÃO: Ricardo Mendes OAB  Barra da Tijuca RJ 30 de maio de 2018

O HOMEM DO PODER...

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O homem é carente é maldoso Tem a ânsia do poder Seja cultural,  por dominação ou  por prazer Atropela as mais duras paredes Sem para para pensar,  Que o  mais fraco poderá sequer sobreviver Com o rabisco da rubrica intensifica a dor  Finge mazelas desconhecer  O que sua concordância pode conter Se refestela em cifrões Ao adquirir a pujança De coroar  e de destronar. Se isenta do medo, Brinda sob bajulações e segredos  E a dor alheia não lhe abate. E tudo que lhe importa  é mostrar soberania E a vaidade de brincar de Deus Por vários, e vários dias. Notas frias lhe permite Ir além do seu  além Muni-se de coragem Abraça a crueldade E na certeza da impunidade Dá aos desvios seu amém Quer ali permanecer. Sem muito esforço fazer, E os sabores do conforto. A todo custo manter A vaidade de  comando  e de veto O artificio de mandar seguir ou de deter. Tal domínio, s...

PRIDE

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há uma corda de amarras   no ódio que faz a guerra  na ignorância que oprime Não há  Deus de desamor   com um rosário que chicoteia Há humano que descrimine   Colorido não destrói  transvestido não corrompe só dejetos de frases feitas   sob jugos de  um pecado entre credos embutidos    refuta e desumaniza Nas tristezas não há cor. só se ama o que acredita o  direito de amar é como o direito à vida . Ser capaz de ser quem é   sem vergonhas ou culto à dor sem vitrines sociais sem opniões morais tudo é muito alem de ser. Orgulho LGBT Val Mello

INÉFÁVEL

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Sou fera, sou vida, sou Deusa sofrida Sou fibra sou arte, sou tudo sou parte. Sem credo ou descrença, sou luta presença. Sou a terra, sou a água, sou o culto da alma. Nudez sem a maldade, vontades latentes Desejos ocultos, paixões intocáveis Entregue a uma Deus, que guardo e que prezo Que canto que rogo, chamado universo Sem céu sem inferno, sem juras de eterno Nem ódios de Satanás Eu sou livre das matas, sem ouro nem prata Rainha em terra e borboleta no céu Sou fases da lua, sou minha não sua Sou verbo e carne, sou expressão da fé Sou Vênus sou Marte Sou cria, sou crua Sou um santuário Prazer.. ...Mulher! ( Val Mello )

DAS PROFANEZAS QUE ME REVELA.

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Ah que diga que minha arte é  profana,mas não consigo admitir o discurso de ódio, sem gritar, sem criar,sem me fazer ressurgir nas minhas estranha palavras É tanto falso moralismo, desejos encubados,atos escondidos, ideais falsificados, atrás de uma religião ou uma pseudo moral. A internet é  o mundo da minha inspiração, perde apenas para as famílias, aquela bem pertinho da gente na versão da hipocrisia. Mulher casada com homem pra esconder lesbianismo, homem casado com mulher lutando contra o desejo de "morder as fronhas", como diz no popular. -Ai menina... mas que vergonha , não fale assim dos seus! Religiosos e fervoroso, vestidos de homens de Deus. E isso é  só aperitivo, das novelas familiares, pois tem primas  pegam os casados, irmã comendo o cunhado, vai que é presente de Deus. O filho o marido assume, mas só o vizinho sabe, que tia da ave-maria, que reza um rosário por dia,  tem na conta os mistérios, com segredos entre pernas, só é pecado se for d...

MACHISMO MATA

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Espetada Nua, Retalhada,  Vendida, Entregue as feridas, De bandeja, servida, Depois vomitada e cuspida... ...É  assim que me sinto  cada vez que a tal Moralidade  dita  o que deve ser feito ao meu corpo. É  assim que me sinto em  minha prisão ... Humilhada demais pra denunciar Machucada demais pra reagir  E pobre demais para partir. O machismo é um problema Social  E nao é restrito só  ao homem.  Não  se trata de batom vermelho  Nem do decote ou da saia curta.  A realidade é  injusta  Sao anos de briga ,  São anos difíceis,  são anos de luta. A inquisição é  disfarçada  Mulher continua sendo queimada Mas ao invés de ser chamada de bruxa A sociedade se moderniza e a chama de puta.  (Val Mello)

PAPEL EM BRANCO

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O branco do papel sempre me assusta... A sombra, o rabiscado,  o já  escrito  o editado. A pintura, a rasura Nada assusta mais do que o branco do papel. A sombra por traz da luz , É  só  a imperfeição desajeitada  de uma revelação. O branco do papel me assusta, Por que é  nele que está a descoberta A evolução, o passo seguinte, A loucura e a razão, O próximo projeto , Os sonhos, a ilusão o futuro  O tamanho infinito  da imaginação.  O branco do papel me assusta Me da a paz infernal Porque o inferno e o paraíso É  o branco do papel mais bonito  Onde sobrevive o dom da criação  ( Val Mello)

O MAL HUMOR

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Jaz  aí o moribundo, cuja face endureceu zigomáticos em greve linda curva  padeceu Onde mora o sorriso? Desse semblante   gelado,   Um defunto frio e vivo  respira, e pira velado. incomoda e não faz falta eis aqui o mal humorado o plágio da velha hiena Que resmunga se cessar   feridas"oh ceus, oh vida" sem agenda pra sorrir não sentir cocegas na alma é morrer a todo instante (Val Mello

Caminho cheio.

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Que o caminho seja cheio...  de amigos, e que ao menos um fique contigo. Cheio de amores... que não causem muitas dores Cheio de magia...  com despertadores de realidades  e muitos minutos de fantasias. Cheio de realizações... mínimas  frustrações,  para que ganhe sabedoria.  Cheio de festas...  e que em algumas falte o som do Dj  para que a voz de ser ao lado ecoe Cheio de dinheiro,  Mas com dívida pequenina para lembrar os compromissos Cheio de dança... mas com um dançarino  aprendiz, para lembrar o valor da paciência. Cheio de flores...  com alguns galhos ressecados,  para saber que podas são importantes Cheio de alimento,  mas com lembranças de quem não come  para que lembres a necessidade de dividir.  Cheio de paz ,  mas sem mas... porque ela ...

NUANCES

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Ao amor  todos gritam oníssonos em preces, em poesias um pedido, um clamor Tem gente bota cor até em amores desbotados  Preto e branco Colorido  Amarelo incolor Ela e ele Ele e ele Ela e ela De que impota o êla ? se essencial é o elo Elo de carinho  respeito prazer  direito Sem  regras sociais Nem punições Nem segredos Amar somento amar sem grilos sem medos Sem se impor ao  pudor   Sem  contribuir com a dor   sempre de dentro fora  sem esmolar a paixão sem vigorar solidão Sem hora exata, sem ser perfeito Com basta às regras jamais ser  metade ser sempre inteiro Sem disciplinas para amar Vivendo cada de emoção Porque linguagem do peito Só possível ser lidar Por aquele que a todo amor Aprender a respeitar Val Mello 17 de maio dia Internacional contra a Homofobia. Viva a diversidade Viva o amor Viva o respeito Viva a paz.

E DE REPENTE...

E de repente tudo é sol  E de repente tudo é facil  E de repente tudo surge  E de repente  nada me impede  E de repente amo demais  E de repente nao amo mais  E de repente quero muuito  E de repente ja esqueci E de repente sou outra pessoa  E de repente me desconheço  E de repente já não choro E de repente só choro  E de repente  tão de repente  tudo acontece  MAS SERÁ QUE FOI TÃO DE REPENTE ASSIM? (Val Mello)

SOU VENTO

Não quero solidão com vista para o mar; Não tenho vocação para estacionar; E me desculpe de dancei carimbó, xaxado ou maracatu E se pisei no teu pé, na valsa de um quadrado perfeito. Ou se dancei sozinha, feito bêbada na madrugada. Não quero solidão com vista para o mar Em nem um dote para receber Quero banho de chuva Pra me molhar de corpo alma, roupa e me lava de prazer Não quero solidão com vista para o mar Eu quero é cara no sol Eu quero um tom brozeado Eu quero areia no  pé eu quero corpo suado Não quero solidão com vista para o mar Eu quero é mar de sorrisos Com correntezas de amor Eu quero nascer de sol Eu quero tardes com cor Não quero solidão com vista para o mar Eu nasci pra ser a ilha, que a corrente vem lavar Eu nasci pra ser vento que muda o balanço das ondas Que carrega as folhas caídas Que obriga a mudar a posição das velas Eu quero ser vento de liberdade Que ...

VERSOS INVERSOS

Versos lindos, lindos versos Tantos versos eu citei Fiz meu  mundo um reverso, De tanto que revirastes meu universo Em teu inverso me inspirei. Me dei, me  entreguei em caneta e papel me amarrei Ao meus versos fui fiel E amei  um amor  cruel. E se olho meu universo do avesso Vejo no  inverso dos meus verso Um mundo  que só  eu vi, só eu sei Na ilusão e no incerto em tais versos me segurei E me encontro em reversos Das rimas que recitei. Val Mello

O POETA DE BARBA

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epiderme inaccessível pele entregue em cada página um poema como rótulo em emoção descoberta.  um soneto em cada drama,  camuflagem metrificada   lentes de mar aberto olhar perdido no amar na compreensão da leitura escorre nos fios da barba a mão querendo calar a boca que conta o onírico. Não há meios para vê a tremura dos teus lábios escondido em capilares poema que anda e pensa Hermeticamente eu descrevo, a confusão do teu eu atrás da barba mal feita do fios já branqueados a noiva que tira teu véu vendo a face do poeta na mágica transformação é o assustador  papel Val Mello

Sertaneja Metropolitana

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Da metrópole  sou apenas mais um José Calos nas mãos ,  poeira nos bolsos, saudade no peito Esperança no novo  Uma fotografia de lembrança E muita, muita fé. Lembranças do sertão, De papai arando chão, Sonhando com o cair da chuva  e o verde da plantação. E nas esquinas desta tão grande cidade,  filas e filas pra labutar, Para ter pão para comer,  uma cama pra descansar. Quanto a oferta da dignidade humana, melhor calar... Prometi a mamãe voltar logo, e fazê-la rir com meu retornar. Acamar o coração daquela pra quem seria sempre menino, E reviver com apegos  as memórias, que trago lá do sertão. Donde a rede fria aquece, e o fogão de lenha dá luz Donde as estrelas e luar são espetáculos, e a flor do campo seduz Donde o rio que corre purifica a alma, e raios de sol são rastros que conduz. Minhas férias estão chegando, e no natal vou te visitar. E dos amigos, amores, pais queridos e meu ...

TIM TIM...

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Um brinde a quem brinda, A quem chama à felicidade Num simples bater de taças . Festejemos as vitórias As prosperidades e glórias. Que a saúde vá além Com vontades controladas Que os amores que vem e vão Sejam experiências guardadas. Que taça com taça vire música Que embriaguês não dê motivos Para chorar na ressaca. Que não se percam nem amigos, Nem amores Mas se inevitável for Que sejam breves as dores. Que a taça nao fique vazia Muito menos os corações Brinde a vida e poesia Nos breves instantes de fala Não percas tempo a contar Os ódios e as agonias. Senão a bebida esquenta E o tira gosto esfria. Esvaziei todos os copos Mas fujas da vida vazia. TIM TIM (Val Mello)

PÉS ♡♡♡

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Membros que viram asas  quando eu preciso voar alto  Pilares que me sustentam,  Quando parar é  necessário  Se estou ébrio me equilibram  Se estou fraco, estaciono  E ganho forças pra seguir  Se latejam e edemaciam,  É  hora de dar-lhe atenção . Há  os que se emocionam ,  quando os escuta pisar Há quem nunca esqueça  o som  que reproduz ao andar Há tambem os que se excitam  Que querem acariciar, Há quem veja neles tanta beleza Em querer   um dia  os tocar  Tocar os pés  de uma deusa  Que deseja como sua E aos pés  da mulher amada  ver a beleza nua Daqueles pés  tao pequenos  Que a noite fico olhar E que pela fotografia  Idealizo todos dias os pés que quero beijar. Há tambem quem repudie  Quem sinta nojo ou vergonha. Seja macio, adornado,  tatuado e até rachado. Salto alto, ou butina,...