Não quero solidão com vista para o mar;
Não tenho vocação para estacionar;
E me desculpe de dancei carimbó, xaxado ou maracatu
E se pisei no teu pé, na valsa de um quadrado perfeito.
Ou se dancei sozinha, feito bêbada na madrugada.
Não quero solidão com vista para o mar
Em nem um dote para receber
Quero banho de chuva
Pra me molhar de corpo alma, roupa
e me lava de prazer
Não quero solidão com vista para o mar
Eu quero é cara no sol
Eu quero um tom brozeado
Eu quero areia no pé
eu quero corpo suado
Não quero solidão com vista para o mar
Eu quero é mar de sorrisos
Com correntezas de amor
Eu quero nascer de sol
Eu quero tardes com cor
Não quero solidão com vista para o mar
Eu nasci pra ser a ilha, que a corrente vem lavar
Eu nasci pra ser vento
que muda o balanço das ondas
Que carrega as folhas caídas
Que obriga a mudar a posição das velas
Eu quero ser vento de liberdade
Que muda seu penteado,
sem pedir sua permissão
Que muda a vista do mar
e sopra tua solidão.
Val Mello
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