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AS CURVAS

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  A CURVA Teu riso alimenta o risco de me encontrar perdido nas curvas da tua face Me visto das gargalhadas que cantam nos meus silêncios toda vez que não te vejo Tu visitas meus sonhos não dormidos Te encontro num abraço esquecido deixado no  travesseiro Não sei se é uma porteira aberta para um céu pintado de estrelas Mas sei que cavalgo na imensidão dos lençóis no rastreio dos teus aromas perdido na constelação Seque meu olhar teimoso que nada  em corrrentezes distintas que confunde os pensamentos e trava batalhas com a dor De ti e a ti desejo o amor que trança meu coração espinhado sobrevivendo entre fiapos  de alegria e entre os recortes do tempo Do teu riso, ainda me alimento e me arrisco me perder nas curvas de tua face. V.Mll🌵

PARTIDAS

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  Nunca foi fácil partir mas se me parto, quando fico é injusto permanecer  O trem que leva às vezes enguiça  por mau uso ou por preguiça  de polir as engrenagens  Não é impróprio voltar atrás  quando é preciso chegar está além do sentir está além de coragem  Amar é mesmo viagem com estações e porvir  Nunca foi fácil partir  mas precisa partir de mim a vontade de voar  Na mala, que ainda nos une deixar-te-ei alguns versos e entre os poemas perversos algumas gotas de amor Lembranças dos beijos quentes e a acolhida do abraço  Fica também um templo de oratória e palavras  as desculpas mais sagradas  e a culpa estabelecida  Na outra mala que levo carrego os mesmos desejos  memórias e textos molhados rasurados de poesia Nunca foi fácil partir  pois toda partida é fria porém não posso ficar no manto do amanhecer  que insiste em não ver o dia Parto porque me parto na utopia dos fatos  na distopia dos atos...

LUME

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🌼PÉTALAS VIVAS 🌼

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"...Indepedência Um mundo só!" Discurso falho para viver Afetos ficam Fazem morada tornam a vida mais colorida Gente, carinho Pássaros, ninhos Flores, abraços Mãe Natureza Rica certeza que o mundo gira em um alerta do que nos resta Resta a vontade a semeadura Restam encantos Céu, rio e Sol Resta lembrar de agradecer Pétalas vivas são recomeços. 🌵Val Mello🌵

FÉ(L)

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A fé rasgada  Banha os escombros  Veste o remendo Furta a malícia  Lima verdades Perde a razão  Pare demônios  Se faz de pão  Fé  desmedida  Gera cegueira Mata e não cria Homens de fé  Mata e recria Homens que matam Sátiras mortes Mundo de mitos  Val Mello 🌵

ÁRIDAS SEMEADURAS

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ORIENTAÇÃO

Se seu  mundo  virar   de cabeça para baixo Tudo bem! Permita que seus seus pés  toquem o céu  Val MEllo

RUDEZA QUE SALVA

Em minha natureza rachada      não  planto  expectativas          nem cultivo muitas falas                  Me rego  nos silêncios                        que não frutificam frustrações                                                          Val Mello

EGO MATEMÁTICO

No conjunto dos Reais  sou  primo, sou  inteiro Dos pares racionais sou  somente a sobra ímpar raiz de quarenta e três dízima não  periódica moro  entre o sete e o seis Quatro quintos de amor-próprio um quinto é dos infernos pois há motes de sofre Não é múltiplo egoísmos é só  amor submisso pelo ser do meu espelho Val Mello

OLHARES

Nas janelas, uma fala ecos das verdades sutis O corpo cala o olhar diz genuínos gritos sem farsas Portais abertos ao mundo Uma invasão em segundos Singela chave: o sorriso. A camuflagem as máscaras Arte ou segunda pele ? Um artifício que infere a sobrevivência da raça A alma espia por frestas A face acomoda o prisma Às vezes sai pela boca aquilo que irrita o olhar Val Mello 05/05/2020

COLHEITA

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À minha querida mãe Nos arredores de mim, luzes crepitam cores explodem flores exalam perfume de capim O sacro natural saber de cultuar as raízes me ata em seus cipós E feito forração de hera me apoio nas pétalas do teu buquê   De dentro para fora meus brotos se acusam num arguido de aromas denunciando meu prazer Ser um fruto do teu ser é meu regalo e apogeu Nas colheitas diárias dos arredores de mim as rosas que desabrocham são teus átimos no meu eu. Val Mello

FRAÇÃO DE TEMPO

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ENDEREÇOS

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ALÉM

Ela tem asas de albatroz Sobrevoa os mares sem um tempo de parar Riso raso e sem maldade talvez seja a liberdade que insiste em ser dividida O abre alas de um eterno carnaval Vendaval de alegrias enquanto vida tiver   Definida em sinônimo de imensidão  poesia não a explica  razão não  a compreende   A vida sem fervura não lhe basta Rima rica de um poema sem versos metrificados Pois nela não cabem os limites do mundo Val Mello   (Dedicado à Geisa, no  dia do  seu  aniversário 09/04)

CULPADA I

A frase que na mente repetia Fazia sentir culpa na infância No currículo, anos de terapia... Um gatilho disparado feito bala Na exata palavra imposta À tona o passado atroz de volta , o mesmo que havia feito as malas Por tudo que ela não fez o mundo lhe aponta a culpa E ela ainda se desculpa chora em nome de um querer Sua palavra não vale mais que o assédio alheio E dizem não entender Seus nervos a flor do pano O crime dela foi nascer em um corpo desejado O malfeitor ao seu lado tende não ser "o cruel" tende a até ser "o coitado" Movido pela liberdade que ela tinha de viver. Val Mello

EnCarnAVal

"N" vezes não tive o que amei muito menos o que queria às vezes sem norte e sem vez o silêncio em remédio pra dor Fantasiada de folia rica de sonhos, risos e agrados me dei aos encontros marcados dos carnavais de uma vida. Grata por quem está perto e por quem está na lembrança. vibrando em sublime magia a Alice de um mundo real. Criança a fazer peraltices, que chora e não se desculpa que culpa a fala que cala por não se fazer entender em síndrome de Peter pan me recusei a crescer, "quem sabe sou garotinha" chamando atenção do seu par... E nela é vista a fagulha de brilho existente em ninguém tão solta, tão leve, do bem Fantasiada de VIDA encarnada em histórias "EmCarnaVal" de memórias A foliã colorida. Val Mello

RIVANE OLIVEIRA- Professora de português e redação, empresta seu belíssimo talento como resenhista e disserta sobre o livro Vermelhos InVersos

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  Autora: Val Mello Editora: Ventura Editora Páginas: 127 Gênero: Poemas Ano: 2020 SINOPSE: Com toda a intensidade poética Val Mello traz, como destaque, em Vermelhos InVersos, o seu tão admirado rubro, colorindo cada verso desenvolvido ao longo da obra. Tal marca une-se à expressão do vermelho, o que proporciona uma viagem pelo íntimo do sentir, uma vez que há em cada poema o encontro com a inquietude, a força, mas também com a delicadeza que se desnuda à medida que a escrita se estende. A autora também enfatiza a possibilidade de reflexão quanto à valorização da mulher ligada à humanidade. É possível sentir, dessa maneira, que a autora desbrava sua intensidade de maneira muito marcante, o que torna mais instigante a leitura em si. É extremamente maravilhoso ler um livro de poesia e sentir-se tocada por cada verso. É exatamente o que acontece na obra Vermelhos InVersos, de Val Mello, do início ao fim. O livro é um convite para desbravar o mais íntimo do ser que a autora evidencia...

VAL MELLO E O PROFESSOR ERNÂNI GETIRANA NA TERRA DA OPALA

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Ernâni Getirana,  professor, escritor e poeta piauiense da cidade de Pedro II , colunista do site  NEWS PIAUI , escreveu  em sua coluna cultural sobre a poeta Val Mello e sua  estadia em Pedro II-PI, que também é sua cidade natal, a conhecida Terra da Opala. Val Mello foi  presenteada com os livros de Ernâni Getirana, o livro Raspas  de Mameleiro,  que é uma coletânea organizada pelo professor, com poetas pedro segundenses e um livro de sua autoria intitulado  Lendas de Pedro II  Veja a matéria: https://newspiaui.com/?s=val+mello "Sou um ávido defensor de que artistas devem intensificar sua arte, sua criação de várias maneiras. Uma dessas maneiras certamente é a viagem, a troca de experiência, novos ares nunca dantes respirados." Ernâni Getirana