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Mostrando postagens de outubro, 2019

ARQUÉTIPO

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ARQUÉTIPO Para não perder o ponto, Nem o compasso da dança Me tranço por entre linhas Que o destino costurou. A música vem como cura, Fechando assim os buracos. Restaurando o pano da vida, E até  da lembrança ferida, Tecem  fios de emoção. Na tela de um morim Ou na maciez do cetim Exposta, nua e calma. Bordando as realidades Pintando com poesias Retalhos soltos da alma. Val Mello

AMPULHETA

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Sob o fado do tic-tac Sob infinita ansiedade Olhos atentos aos segundos Na rotação dos ponteiros Com sinais de eternidades Preso à necessidade Do toque, do encontro, do cheiro , O tempo vira um mártir Dos relativos minutos, Teimosos a estacionar. Noites longas de espera manhã de preparação Sonho acordado com o abraço De dezessete horas ou mais. Val Mello

ÓSCULO

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ÓSCULO Pouso, abrigo e conforto, Incessante vontade ardente. Aos olhos de quem refuta Há pecado e maldição. Ao prazer de quem o sente É liberdade e salvação. Carne sem gênero Fresta macia Princípio da luxúria . A fala que cala, A alma que grita Lábios brigando sem fúria. Sedução entre salivas De corpos que silenciam, E entre bocas se aspiram, Sob olhares inflamados, Pelo furor de um gesto O beijo é um portal De quem fulgura o AMOR. Val Mello

FERMENTADOS

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"Preso às vinhas Como animais em gaiolas. Humanos acrobáticos Dependurado extraindo seus sulcos. Entrelaçados como em parreiras, Amantes se amando entre gritos sussurros. Sob efeitos das uvas já fermentadas, Por bênçãos de Baco ou Dionísio, A clara felicidade é  obscena. Até  as lágrimas que lavam a face, É  resultado do vinho que vira poema "  (Val Mello)

Mente que pulsa

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"Uma razão amarrada, por neurônios conectada. Nas mãos  do equilibrista, que trança  curas coronárias Pela emoção dos sentidos.  Assim pensa um coração de um cérebro que pulsa  .: (Val Mello)