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Mostrando postagens de 2023

ESTÍMULOS

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 Preciso falar do desejo criado assumir o crime, transgredir a razão  violentar o medo de  ouvir teu não e sentir, nem que seja uma vez face a face,   o calor da tua tez Derreto-me com palavras  sob o ímpeto clandestino de  tocar a pele flamejante de  brancura  jubilosa e entorpecente  Acordado,   pelejo a  esconder  o secreto delito da tentação. VAL MELLO 🌵 

ANOREX(C)IA

ANOREX(C)IA Em um futuro dentro do atraso vivo o presente raso e carente a sucumbir mazela e dor O bucho carpido esmiúça fomes além de pão Nas trincheiras luto por guerras de despropósitos Por contingências nasci sem rumo fadado a sonhos e a ouvir promessas Pobreza rica de solo fértil riqueza pobre de divisão Sobra o fastio para ciranda de tantos nãos De sobremesa e em cortesia viro pó e Cia.

RESENHA DO LIVRO A SÍNTESE DO GRITO

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  POESIA MINIMALISTA DE VAL MELLO Por Rivane Oliveira* Autora: Val Mello Editora: Ventura Páginas: 105 Gênero: Poemas Ano: 2023 “A síntese do grito”, da escritora Val Mello, é um livro com aforismos que apresenta reflexões filosóficas. Com grande propriedade, a autora faz uma junção entre Literatura e Filosofia de forma criativa, isso porque os poemas são sintetizados de tal maneira que podem ser lidos em segundos, já que utiliza o minimalismo poético, no entanto promove ao leitor uma vasta reflexão que só é possível ser feita por meio do contato com a produção. Ao ler a obra, podemos constatar o que Laura Esteves afirma, logo na orelha do livro, que “as sentenças filosóficas e poéticas da autora nos levam a refletir sobre a humanidade, o cotidiano e a nossa trajetória de vida”, como em “Som”, p.16, “De todos os ruídos em mim, / meu silêncio é o que grita mais alto.”. Ou ainda em “Loteria”, p.84, “Tenho a sorte de ser tão sertão...”, ao se mostrar e se sentir plena em uma riqueza j...

TRANSPARÊNCIA

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  TRANSPARÊNCIA  Se faltam as letras me entrego nos traços  No risco me enredo rasuro o riscado Na página em branco derramo as sementes  das dores que gemem sem paz e sem cor  Canetas em punho não tecem palavras Mas traçam minh'alma no livro da vida no beijo da morte no berço da escrita  na tez expressão  exposta na tela. Val Mello

NUANCES DO AMOR

  NUANCES DO AMOR   gritos uníssonos, prece ou clamor entre elas e eles. sobrevivem os elos.   Sem   regras sociais, Punições ou segredos,  sem grilos ou medos. Sem freio ou pudor.   Sem hora exata  ou perfeita, Amando-se inteiro Sem busca das metades apenas dos  transbordamentos.  

LANÇAMENTO DIA 19 DE JUNHO 2023

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Veja sobre a Síntese do Grito, o mais recente livro de Val Mello que será lançado no I RIO PSIU POÉTICO, que acontecerá de 16 a 22 de junho,  em varios pontos culturais do Rio de Janeiro. Dia 19 de junho, lançamento do livro no Bar/ Restaurante Ernesto, 41- Lapa. Leia abaixo sobre a roupagem de A SÍNTESE DO GRITO: O mundo tecnológico nos obriga saber mais em pouco tempo e cada dia fica mais difícil dizer muito com poucas palavras sem perder a atenção do leitor. Por isso, A Síntese do Grito é a laboração de um projeto pensado para os dias fugazes em que transita a humanidade. O livro inteiro, a partir da sua capa, tem a finalidade de arrancar espantos, cheiros, percepções, saudades, raciocínio lógico, sensações adversas e acima de tudo uma reflexão de quem somos, onde estamos, o que ocultamos e em que painel aforístico nos revelamos. É uma linguagem trabalhada com o minimalismo poético e visual, exemplificando que nos discursos mais prolixos moram os gritos mais sintéticos. ...

TRIBUTO A TORQUATO NETO

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  Às vezes me desalinho nas cisões do mundo e em cada anoitecer, dentro de  mim não cabe o que fui durante o dia. Toda manhã nasço grande, abraçando o planeta e disposta a dominar o universo e quando o sol se põe, volto pra casa com minha menção honrosa por ter travado a batalha diária comigo, mas sem pódio nem troféu 🏆 . Ainda não consegui dominar o perverso em mim, mas já mudei um verso da oração que usarei amanhã no meu escudo. Dominar meu eu talvez seja um começo de transgressão.  (V.Mll) COGITO eu sou como eu sou pronome pessoal intransferível do homem que iniciei na medida do impossível eu sou como eu sou agora sem grandes segredos dantes sem novos secretos dentes nesta hora eu sou como eu sou presente desferrolhado indecente feito um pedaço de mim eu sou como eu sou vidente e vivo tranquilamente todas as horas do fim.  (Torquato Neto)

ALÉM, AQUÉM...

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Sobrevivo entre rio e mar banhada em Oxum derramada em Yemanjá No cais de berros  habita o silêncio Na inocência do riso um tempo além-mar  Guardo no aquém  a cachoeira gelada  Não deságuo tristeza apenas sorrio Corro  Sou rio. Val Mello.

FALÉSIAS

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  Há  abismos éticos e estéticos na geografia grafitada  de minha alma abstrata  Em meus fins, guardo começos  das histórias remontadas  nas rasuras dos meus espaços  Não camuflo estrelas  em meus espelhos quebrados  deixo que meus cacos  reflitam micas de mim a cada olhar absorto. Val Mello.🌵

CHUVA ÁCIDA

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☔☔☔☔☔☔ a metrópole chuvosa não cheiro  terra molhada aromas fétido permeiam o pensar odores do asfalto ocupam  cavidades nasais a doce e pueril recordação do barro aquoso, esvai-se resta sobreviver à poças d'água  batizadas de excrementos Debaixo da chuva, o chão da cidade  tornara-se ácido, o vapor do solo impermeável entorpece vias e almas de forma solene Ninguém liga.. Essência do dia: Lama com querosene   Val Mello

O POTÁSSIO

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As redes medem nossa felicidade e concordância pela potência do potássio

O MUNDO MUDA EM MIM

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  Poema dedicado aos 100 anos da Semana de Arte Moderna.  Caricatura dos principais modernistas da Semana de 22.  Trabalho apresentado na  V MOSTRA DE POESIA CONTEMPORÂNEA DA APPERJ Assisto o existir Sinto sumir meus sustos quando desisto de insistir em desistir. Tudo acerca do meu cárcere me prende na liberdade daquilo que fui, daquilo que sou daquilo que transmutei ou transmiti. Tudo a cerca de sonhar e de viver Naufrágio livre, na utopia de me dar A frágil e lenta distopia em sentir. No pendor das palavras o ágil sentido da vida há cerca do instante de amar. Val Mello  Mostra de Poesia Contemporânea da Apperj ----> https://mostraapperj.blogspot.com/

REMENDOS

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Rasguei o retalho que sobrou no roupeiro dos pensamentos As peças presentes no passado puiram-se Pedaços ácidos e amarelentos -Aromas de um tempo onde não estou! Na memória bordada com fios de ingenuidade Restaram fechos lacrados Botões quebrados Remendos malfeitos Desfeitos Feito um ponto de crochê dissoluto pela ausência de um nó A camisa em busca de ajustes não coube no peito crescido O tempo fez um trapo com os trajes dos sentidos Agulhas moveram os fatos Cresci, no cerzir dos meus buracos Val Mello 🌵

VINÍCIUS

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  "Vícios e cios, onde morais? -No homem e nas ondas dos corpos que rondam o mar."

LEVE.

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Intensamente desletrada... Não faço tipo, não tô no topo,  não tenho tempo, tenho pressa. Dou ouvidos a sábios, leigos, sacanas e poetas. Não tenho filtros! Tenho fardos de saudades e esperanças  amarrados à teoria das canções  em suas insistentes reprises. Me visto com versos dos escritores, com melodias do botecos com a put@ria dos vadios com olhares dos amores. Mas há versos que refuto Aos que soam palavras vãs para parecerem bons, abro espaço Sou ignorante demais para tal bailado. V.Mll

VESTÍGIOS

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Meus traços quebrados não são vanguardas Não são artes nem renascem São fragmentos do tempo Abismos Cataclismos São planos sem compromissos É meu pulso quando cala Nos arredores de mim um atol de expressões circunda meus infinitos Val Mello

♣️...Valete de Paus...♣️

♣️♣️♣️♣️♣️♣️♣️♣️♣️ Todo onze é sagrado! Somo pilares do quatro e o sete de provações Conquista de duros trabalhos moldada em sete bastões Junto tudo, é boa nova Valete da anunciação Um tarot que denuncia a posição do presente no oráculo da cigania Lá no Valete de paus a jovem olha pro céu toda Vestida de fogo Sugere ímpeto e ação Bonanças num tempo novo (ValMello)

O CORTE

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Machado! O som inflama silêncios nas tocas Pensar não agir é abraço na morte A sorte bandida bandeia em brasa A pele matura vermelha em flâmula Os homens de vez Sem voz Jaz cinzas V.Mll

TRANSPARÊNCIA

Se faltam as letras me entrego nos traços No risco me enredo rasuro o riscado Na página em branco derramo as sementes das dores que gemem sem paz e sem cor Canetas em punho não tecem palavras Mas traçam minh'alma no livro da vida no beijo da morte no berço da escrita na tez expressão exposta na tela. Val Mello

DEBAIXO DO PANO

Um plano alto sobre o Planalto Um painel no céu de trocas Túneis de ideias tortas sem luzes, sem lume, sem porta de saída Sem carimbo ou compromisso Sou o bicho que desfaço se não fazem como eu faço e disfarço que não sou Sou a inconsequência dos atos pra ser homem do PODER e poder punir os homens. V. Mll