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Mostrando postagens de março, 2020

DESIGNADO

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DESIGNADO Complementando os sentidos da própria vida e de outras Faz revelar-se o poeta Em meio as lutas que trava. Ao disseminar seus versos Em horas, tempo e espaço Se faz objeto indireto Um dependente do verbo E um tutor palavra. Traz na sua oração a função  de encher vazios E exerce na citação o poder de atingir outrem. Carrega a arma certeira em códigos, cores e som imagens e muitos dons que nem cabem no discurso. Este objeto indireto da palavra que sozinho, nada conclui que transita entre mentes na dependência de um norte de onde, para onde, por quem, ou como deve escrever os versos Que darão sentido ao seu mote. A palavra do poeta é  mágica. Faz o mundo perceber-se menos objeto e mais poesia. (Val Mello.)

SEM ANJOS OU DEMÔNIOS

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SEM ANJOS OU DEMÔNIOS ................👼😈................ As mentes entorpecidas, pelo furor de impor Causam medo ou fraqueza, ao invisível  da fé Na boca a desconstrução, no peito repulsa ao amor Nos atos cotidianos, só egoísmo em bandeira. Mil diabos se recusam, a partilhar mesmo atos Os anjos se depediram, e foram dançar ciranda. O homem age sozinho, sem culpas e sem fronteira O álibi santo ou profano, até  tem vez e espaço, Quando o homem em seus passos Nega ser responsável pelo outro. Val Mello

CAMUFLAGEM

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Foto : Eduardo Reis. CAMUFLAGEM.. Debaixo do meu chapéu, Guardo um mundos de incertezas Dentre dúvidas e sonhos Desesperos e tristezas Trago também esperanças Guardadas desde criança Contendo risos e amor Guardo dor, guardo projetos Guardo todos os afetos A paciência e o esperar. Debaixo do meu chapéu Há tipos e personagens Há músicas, grandes saudades Há peças que não estrearam Há ventos e tempestade Há brisa leve e morada. Há meu inferno e meu céu Um dualismo dinâmico Um universo escondido Defeitos redefinidos Expostos para os humanos Mas recolhidos em si. São os disfarces do bicho homem Guardados e ornamentados Debaixo do meu chapéu. Val Mello

A VIAGEM

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foto Eduardo Reis Há uma mala carregada de lembranças uma mochila repleta de esperanças a bagagem explodindo de saudades carteira  com um cheque em branco destinado a  comprar sonhos. Por mundos de curvas sinuosas Há de existir no horizonte,   uma bússola ou  nariz mostrando o norte. Há de ter quem invente a própria sorte E quando as vontades gritarem alto, O bicho homem há de  transformar os ninhos. Entre as selvas ele se adapta Seja de pedra ou de botânica. Só o tempo será  mestre  das conquistas Capaz de fazer a lista redefinir o que é  fortuna E riquezas serão revistas E o ouro acumulado é a certeza de ser um eterno viajante  aprendiz dos seus quereres.  malas vazias dos orgulhos,  que um dia um lhe fizera companhia . Val Mello

RUÍNAS

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🌻RUÍNAS🌻 Renascia em meu olhos o passado presente A história perdida, dos castelos queimados. Não sobrava à mente a lembrança esquecida Escapava à memória os amores cantados Revirei as ruínas procurando imagens E nas cinzas da mente algo de nós sobrou Mil tijolos caídos e uma parede incompleta São os contos da história  que ainda não acabou. Renascia em meus olhos, muitos séculos adiante A história sem  um fim que precisei narrar. Os amores os amantes, os castelos de sonhos É  tudo tão real, quanto o Sol que me cega. Quanto a relva que acalma Quanto a chuva que rega Das paredes amarradas,que um dia viraram pó Muitos séculos depois desatavam-se os nós, O encanto, o reencontro a paixão o passado. Paredes a erguerem-se Há um futuro em nós! Val Mello.